Um cenário sinistro está sendo montado para a Amazônia nas próximas décadas, de acordo com a percepção de um cientista do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC). A maior e mais complexa floresta tropical do planeta e seus ecossistemas podem estar com a morte decretada para um futuro não tão distante como se previa e mais próximo do que se imaginava.
Entre 50 e 100 anos tudo poderá se transformar numa fina areia desértica, inóspita, engolindo não só quase 50% do território brasileiro, mas boa parte dos outros sete países e uma colônia que compõem a panamazônia.
Pela primeira vez a ciência mostra que a sua sobrevivência depende dos contornos e conseqüências do aquecimento global. Mercado de crédito de carbono, fundos destinados a reduções compensadas de emissões, ações para minimizar o impacto da indústria sobre o meio ambiente e as campanhas preservacionistas podem dar em nada.
Para o conceituado cientista inglês, membro do IPCC, James Lovelock, o planeta chegou a um ponto sem retorno. O mal está consolidado e a questão é de tempo para que o fim da estabilidade climática dos últimos 70 mil anos apresente seu lado mais agressivo.
A percepção de Lovelock, para muitos de seus colegas, é nefasta demais. Embora ninguém discorde que o processo de mutação climática já se iniciou, restam alternativas para o aquecimento global em níveis suportáveis para a manutenção da vida. E isso passa por ações urgentes na conservação e recuperação da Amazônia.
Fonte - Ambiente Brasil