segunda-feira, 21 de setembro de 2009

“Papa verde”: análise do porta-voz vaticano

CIDADE DO VATICANO, domingo, 20 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- Diante do apelativo atribuído pela mídia para qualificar Bento XVI como o “Papa verde”, o porta-voz vaticano ilustrou sua abertura ecológica profundamente arraigada em sua visão religiosa e ética.

“Efetivamente, no magistério de Bento XVI, os pronunciamentos sobre a proteção do ambiente e a salvaguarda da criação são frequentes; poderíamos dizer que são quase contínuos”, reconhece o Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Em sua análise, transmitida pela última edição de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, do qual também é diretor, o sacerdote reconhece que “a humanidade é cada vez mais consciente e está preocupada pelas consequências da atividade do homem sobre os frágeis equilíbrios do planeta”.

A intervenção do porta-voz acontece às vésperas da cúpula que as Nações Unidas convocaram para o dia 22 de setembro em Nova York sobre as mudanças climáticas, com o objetivo de preparar o encontro crucial da conferência mundial em Copenhague, no final de novembro.

Neste contexto, sublinha Lombardi, “o Papa oferece um marco de sólidas referências religiosas, racionais e morais para estabelecer programas de ação eficazes e para novos comportamentos e estilos de vida adequados a um desenvolvimento responsável”.

O porta-voz destaca a importância que a última encíclica, Caritas in veritate, dá a temas como “a exploração dos recursos não-renováveis e a justiça com os povos mais pobres, a questão dos consumos energéticos, a responsabilidade diante das gerações futuras, a relação entre ecologia e respeito da vida”.
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Temos necessidade de dar sentido ao caminho e ao desenvolvimento da humanidade. O ‘Papa verde’ e a Igreja sabem bem disso e por isso oferecem este serviço”, conclui o Pe. Lombardi.

Fonte - Zenit

Nota DDP: Ainda neste contexto, "ONU deveria adotar um voz comum de dignidade e decência" (Inglês). Destaco:

"Todos os países são afetados," destacou Ban [secretário geral da ONU]. "Isso significa que nós podemos superar esses problemas apenas quando todos os países estiverem unidos e juntarem forças em resposta. Não apenas governos, mas a sociedade civil organizada, incluindo os grupos religiosos e as pessoas de fé."
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"O poder da oração é imensurável. O poder da oração para a ONU é inestimável. E o seu suporte coletivo é profundamente inspirador."


Padre Robert J. Robbins diretor da comissão ecumênica do serviço de oração da ONU disse ainda que este ano haverá maior mobilização que nos anteriores e finalizou: "Nós finalmente percebemos que estamos juntos nisso e, em estando um sem o outro, não existem respostas."

As nuances do tema parecem cada vez mais claras.


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