Lev Grossman escreve uma matéria para o semanário Time, edição de 29 de outubro de 2007, sobre os “chips” de identificação, cuja sigla em inglês, RFID, sintetiza o sentido de “radio-frequency identification” [identificação de rádio-freqüência]. Trata-se de um diminuto dispositivo preso a uma minúscula antena que armazena um número de muitos algarismos. “Quando o rótulo de RFID ouve um sinal de rádio particular, responde por transmitir de volta o número de seu ‘chip’. Esse é o propósito todo de sua existência. Alguns protótipos de RFID são “do tamanho de um grão de pimenta moída”, explica o articulista.
Os RFID's são usados para inúmeros propósitos de monitoramento de materiais, que vão de passaportes a cartões de crédito, e até livros de uma biblioteca para localizar volumes desaparecidos ou colocados fora do local exato.
Mas a parte “sinistra”, como diz o autor, é que tal invenção pode ser um tanto “assustadora para qualquer um que não deseje ser mapeado. Os RFID’s são tão bons para monitorar organismos vivos quanto livros de uma biblioteca. Os veterinários têm estado implantando ‘chips’ de RFID em animais de estimação por anos, e há uma empresa chamada VeriChip . . . que manufatura ‘chips’ de RFID especificamente para uso em seres humanos, segundo a noção de que os ‘chips’ podem propiciar uma forma rápida e confiável de armazenar e recuperar informação médica em emergências”.
Ele ainda conta que essa produção da VeriChip está também sendo vendida na América do Sul como forma de localizar vítimas de seqüestros. “Mas não é difícil imaginar cenários mais orwellianos em que prisioneiros ou mesmo imigrantes seriam rotulados com implantes de RFID para tornar mais fácil para o governo monitorá-los. Bizarras como possam parecer, essas idéias têm circulado e causado impacto suficiente para que no início deste mês o governador Arnold Schwarzeneggar . . . banisse formalmente o implante forçado de rótulos de RFID em seres humanos no estado da Califórnia”, ele acrescenta.
O autor ainda comenta que esse sistema tornou-se tão barato que “os fabricantes de produtos precisam de uma razão para não instalá-los nas coisas [que produzem]”. –Op. Cit. , pág. 57.
Fonte - Foro Adventista