segunda-feira, 11 de maio de 2009

Príncipe jordaniano agradece valentia moral do Papa

AMÃ, domingo,10 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Uma das personalidades mais importantes no mundo do diálogo inter-religioso, o príncipe Ghazi Bin Muhammed Bin Talal, primo e conselheiro do rei da Jordânia, destacou a “valentia moral” de Bento XVI, após sua visita à mesquita.

O presidente do Instituto ‘al-Bayt para o Pensamento Islâmico foi o promotor de uma carta assinada originalmente por 138 sábios muçulmanos, dirigida aos líderes das igrejas cristãs, com o título “Uma palavra comum entre vós e nós”, após o discurso que o Papa pronunciou em Ratisbona em setembro de 2006.

Esta carta deu origem ao Fórum Católico-Muçulmano que surgiu em Roma em novembro passado, com o apoio de Bento XVI.

O príncipe dirigiu um profundo e amplo discurso em inglês, no qual considerou que, com essa visita à mesquita Al-Hussein Bin Talal, inaugurada em abril de 2006, transmitia “uma clara mensagem sobre a necessidade de harmonia e respeito recíprocos entre as religiões do mundo contemporâneo”.

O príncipe Ghazi expressou seu apreço pelas palavras de esclarecimento que o Papa pronunciou após a conferência na Universidade de Ratisbona, que havia suscitado fortes protestos no mundo islâmico.

Alem disso, entre os passos que o pontífice deu no caminho do diálogo, elogiou a audiência que concedeu em novembro de 2007, pela primeira vez na história de um Papa, a um rei da Arábia Saudita, Sua Majestade Abdalá bin Abdulaziz Al Saud.

Sua Alteza real elogiou a contribuição da comunidade cristã na Jordânia e afirmou que os cristãos do país “contribuíram incansável e patrioticamente para a construção da Jordânia”.

Desejou que este “espírito único da Jordânia” possa ser tomado como modelo em todo o resto do mundo, especialmente nas regiões como Mindanao, nas Filipinas, e em países subsaarianos onde as “minorias muçulmanas são submetidas a duras pressões por parte das maiorias cristãs, assim como em outros lugares onde acontece o contrário”.

O príncipe concluiu acolhendo o Papa como “guia espiritual”, sucessor de Pedro, “cujo pontificado esteve marcado pela valentia moral para falar e atuar em consciência, muito além das modas do momento.

Para Ghazi Bin Muhammed Bin Talal, o Papa é um “líder mundial” na hora de enfrentar as principais questões ligadas à atualidade e à ética; e, ao mesmo tempo, um “simples peregrino de paz que veio com humildade e mansidão”.

Fonte - Zenit

Nota DDP: Novas contundentes declarações, que demonstram que a visita ao cenário bíblico por parte de BXVI deve continuar granjeando-lhe grande tráfego entre os líderes locais.

É interessante de se observar que algumas pessoas abstraem a concepção de que o ecumenismo prenunciado no Espírito de Profecia se estabelece apenas no âmbito dos três espíritos imundos de Apocalipse. É fato que esta leitura está correta, no entanto, não se pode perder o contexto das demais peças do tabuleiro cósmico que devem estar posicionadas para que o "eixo do mal" possa se mover com desenvoltura.

Chega a ser ingênua a idéia de que as demais religiões monoteístas, espiritualistas e porque deixar de citar inclusive aqueles que advogam a completa ausência de religião, não devam estar de alguma forma filosoficamente alinhados para que venham a se consumar os eventos em âmbito globais esperados no cumprimento do texto profético.

A revelação antecipou que haveria uma espécie de unificação em torno de um cristianismo apostatado, sinal principal que devemos observar, no entanto, em momento algum esta sugeriu que apenas este componente seria suficiente para desencadear a plenitude do processo.

Há de ser observado portanto o sinal principal, sem se perder de perspectiva os demais componentes que viabilizam-se o seu pleno cumprimento.
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