NOVA YORK - A temperatura da Terra deve subir mais rapidamente do que previsto anteriormente segundo projeções feitas por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT). O estudo, baseado em simulações de computador sobre atividade econômica e processos climáticos, prevê um aquecimento médio da superfície de 5,2 graus Celsius até 2100, comparado com uma elevação de 2,4 graus que os pesquisadores projetavam em 2003. Os resultados não levam em conta as mudanças nas políticas governamentais sobre clima, tais como as que estão sendo debatidas no Congresso norte-americano.
Sem qualquer ação, "há significativamente mais risco do que estimávamos previamente", disse em comunicado Ronald Prinn, autor do estudo. Os resultados das projeções são divulgados no momento em que os legisladores dos Estados Unidos trabalham para chegar a um acordo para regular as emissões de gases do efeito estufa relacionados às mudanças climáticas. O Comitê de Energia e Comércio da Câmara estuda uma lei para cortar as emissões de gases do efeito estufa em 17% até 2020, tendo como base os níveis de 2005, e em 83% até meados do século.
O estudo, que será publicado neste mês no American Meteorological Society's Journal of Climate, "aumenta a urgência para uma significativa ação política", disse Prinn. O levantamento foi financiado pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos e patrocinado por um programa conjunto que inclui agências do governo, companhias de gás e petróleo, empresas públicas e grandes bancos. As informações são da Dow Jones.
Fonte - Estadão
Nota DDP: "Coincidentemente", os novos relatórios, foram apresentados em um momento de efervescência na tomada de medidas por parte do governo americano ("Clima e política energética entram de vez na pauta do Congresso"), trazendo resultados mais que dobrados em relação ao anterior, que já pressupunha enormes problemas para a humanidade e, ainda o faz sob a ameaça de que "aumenta a urgência para uma significativa ação política".
Não bastassem estes elementos, temos ainda a considerar que "EUA e China discutem secretamente mudança climática", mais uma vez "coincidentemente" a mesma China que faz parte dos interesses prementes do Vaticano ("Papa destaca “harmonia possível” entre cultura chinesa e cristianismo"). Tudo isso sob a possibilidade de que nenhuma destas medidas previamente estudadas ajudem diretamente os dois países em tempos de turbulência econômica, como observado em "Medidas para combater aquecimento global podem custar caro aos EUA".
De se observar ainda que o mundo continua a se dobrar aos encantos de roma e de sua necessidade em termos de liderança ("'O Papa está certo', diz autoridade mundial no combate à AIDS"), como também considerado em outro artigo postado neste espaço ("Obama baixa o tom").
E a nova encíclica social deve ser apresentada em junho ("Nova encíclica do Papa Bento XVI seria dada a conhecer no fim de junho"), onde certamente constarão soluções sobre todas estas questões ligadas ao descompasso ecológico: dentre elas, o domingo.
Enfim, diante de todos estes elementos, temos como plenamente possível o reconhecimento das palavras proferidas por Marcus V. Brito de Macedo, na tese doutoral que defendeu na Universidade de Navarra (Espanha):
"(...) a diplomacia pontifícia se caracteriza por sua missão pastoral e religiosa, “em que aspira a ser escutada por todos e influir em particular sobre as consciências”. Assim, sublinhou “a autoridade moral da Santa Sé com o status de observador permanente. Isto não significa que não possa ser membro efetivo da ONU, mas que prefere tal posição para não se confrontar com as demais nações e ser a voz da consciência aos diversos governos”." (Zenit)