Os laboratórios produtores de vacinas estão mal preparados para uma eventual pandemia da doença.
Uma autoridade de saúde dos EUA ressaltou que até agora os problemas causados pelo H1N1 — conhecido como o causador da gripe suína mas que na verdade é uma mistura do vírus da gripe aviária, do vírus que normalmente ataca porcos e do vírus humano — não vêm se mostrando mais graves do que os transtornos causados por uma gripe sazonal. Acontece que em 1918 houve um surto de gripe que começou de maneira leve, mas que voltou meses mais tarde de forma devastadora, matando milhões de pessoas.
O vírus da gripe sazonal é extremamente mutante. Ele percorre os hemisférios norte e sul do planeta, deslocando-se junto com o inverno. Neste vaivém, o vírus evoluiu. Em geral as mutações são graduais, o que gera a necessidade de mudar também a vacina a cada seis meses. Mas as mutações podem ser bruscas, como agora, no caso do H1N1.
Caso uma pandemia de gripe suína se torne realidade, e uma vez desenvolvida a vacina, dificilmente os laboratórios conseguirão dar conta da demanda. A capacidade total de produção é de um bilhão de doses a cada ano para a gripe sazonal. Mesmo que todos os esforços se voltassem para uma pandemia do H1N1, haveria um enorme déficit global.
Além disso, os laboratórios levariam ainda de quatro a seis meses para produzir uma vacina contra a gripe suína. Um outro problema é que, com o setor voltado para o combate ao H1N1, muitas pessoas podem acabar morrendo por falta de vacina contra a gripe comum. Hoje, mesmo com a vacina, a doença mata cerca de 500 mil pessoas por ano em todo o mundo.
Fonte - Opinião e Notícia
Nota DDP: Veja também "Gripe suína pode devastar a raça humana" (em inglês). As observações anteriores sobre a aleatoriedade de informações e suas possíveis interpretações, continuam valendo.