segunda-feira, 10 de março de 2008

A música no contexto do fim - 2

Introdução

Este pequeno trabalho de pesquisa estabelece-se em um contexto global, analisando a discussão da temática em foco nos próprios meios adventistas, de forma ABSOLUTAMENTE abstrata, no entanto, abrangente o bastante para, mesmo não se enquadrando de forma específica em igrejas em particular, estabelecer marcos teóricos necessários ao enfrentamento da questão, como de fato fazem os teólogos infra citados.

Breve contexto histórico

Será que os motivos da polêmica quanto ao uso da bateria são os mesmos dos demais instrumentos? Todos os instrumentos são iguais quanto ao seu potencial no louvor e na influência que exercem sobre a mente?

Um estudo dos cultos de mistérios, das cerimônias nativas e dos rituais da África esclarecem que a música ritual é basicamente o som do tambor, essa música é acompanhada de dança e o transe é o objetivo pretendido e alcançado com o ritual primitivo.

Aguiar Bastos diz que "o tambor não é um simples instrumento de ritmo quanto à sua mais antiga tradição ligada às danças sagradas. Ele é, por sua vez, um instrumento de correspondência, isto é, de comunicação entre o homem e os seres misteriosos que governam a natureza" (Aguiar Bastos, Os Cultos Mágico-Religiosos no Brasil [São Paulo: Hucitec, 1979], pág. 99).

Muitas pessoas ignoram esse lado místico do tambor, apesar da clara relação entre o instrumento e o transe místico ou fenômeno de possessão ou ainda perda da consciência.

Quanto à função e ao uso difundido do tambor ou qualquer outro instrumento percussivo nas religiões primitivas ou pagãs, não parecem restar dúvidas. Sua função mística e a maneira como favorece a busca do transe ficam bastante claras mediante os textos citados. Possivelmente o que mais dificulta a compreensão do assunto por parte dos cristãos seja a menção do uso do tambor e de danças entre o povo de Israel.

(Fonte - “A Bateria à Luz da Antropologia e da Bíblia” – Pr. Vanderlei Dorneles)

"Que gostoso é o candomblé! Mesmo se você não tem nada a ver com a religião, quando escuta os tambores não tem jeito: começa a balançar os ombros."
Filha-de-santo do terreiro de Gantois, Salvador, Bahia
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