Cidade do Vaticano, 02 ago (RV) - Na intenção geral do apostolado da oração para o mês de agosto, Bento XVI convida a rezar “para que a família humana saiba respeitar o desígnio de Deus para o mundo e se torne, assim, cada vez mais consciente do grande dom de Deus que representa para nós a criação”.
O papa explica que no plano divino do Criador, nós fomos programados para amar. Num dos encontros mais emocionantes do DMJ em Sydney, o encontro com os jovens em recuperação da droga, Bento XVI fala sobre o sentido da vida que rejeita o amor possessivo e se guarda de um poder que explora o ambiente natural para os seus interesses egoístas.
"O culto dos bens materiais, o culto do amor possessivo, o culto do poder - destacava então o papa – muitas vezes leva as pessoas a se comportarem como se fossem Deus, tentando assumir o controle total, sem prestar nenhuma atenção à sabedoria ou aos mandamentos que Deus nos fez conhecer”. É este o caminho que leva à morte, adverte o papa. Ao contrário, obedecer aos seus mandamentos é a via para escolher a vida".
O papa já havia expresso este pensamento na missa de abertura da Assembléia do Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, em outubro de 2005:
“Nós homens, a quem a criação, por assim dizer, é confiada para ser administrada, usurpamo-la. Queremos ser os seus senhores, pessoalmente e sozinhos. Desejamos possuir o mundo e a nossa própria vida de modo ilimitado. Deus é um obstáculo para nós (...) Lá onde o homem se torna o único senhor do mundo e proprietário de si mesmo, não pode existir a justiça. Lá só pode predominar o arbítrio do poder e dos interesses”.
A Criação é ordenada pelo amor divino. O papa observa que desta ordem deriva a sacralidade de valores, como a vida e a família; ele não se cansa de convidar-nos a procurar a bondade da Criação:
“A beleza da criação é uma das fontes onde realmente podemos tocar a beleza de Deus, podemos ver que o Criador existe e é bom, que é verdadeiro o que a Sagrada Escritura narra no conto da Criação, isto é, que Deus pensou e fez com o seu coração, com a sua vontade, com a sua razão este mundo e achou-o bom. Também nós devemos ser bons, a fim de manter o coração aberto para perceber a verdadeira presença de Deus”.
O amor, portanto, é o sinal tangível do desígnio de Deus sobre o mundo e sobre o homem. A beleza da criação e a misericórdia de Deus são indissociáveis. É o que o papa lembra, quando afirma que “existe uma mensagem divina, secretamente gravada na criação e sinal da fidelidade amorosa de Deus que doa às suas criaturas o ser e a vida, a água e o alimento, a luz e o tempo. É preciso ter olhos límpidos para contemplar esta revelação divina, recordando a admoestação do Livro da Sabedoria, que nos convida a "contemplar na grandeza e na beleza das criaturas, por analogia, o seu Criador".
Com a Sagrada Escritura, constata o papa, o Senhor “desperta a razão que dorme e diz-nos: no início está a Palavra criadora. No início, a Palavra criadora, esta Palavra que tudo criou, que criou este projeto inteligente que é o cosmos, também é amor”.
Fonte - Radio Vaticano
Nota DDP:
A conexão entre os Mandamentos, a Eucaristia, a família, o memorial da criação e a natureza são absolutamente óbvios no final da sua proposição: O domingo. Basta seguir o caminho das pedras através de incontáveis posts armazenados neste espaço. Só não vê quem não quer ou, quem já está o suficiente levado a cegueira, para não ver. Admitir a possibilidade e ficar atento aos fatos, inclusive, já não é mais um ato de fé, muito antes, de inteligência.