Para os cristãos o princípio é que esse dia se honre ao Senhor, assinala
SANTIAGO, 01 Ago. 08 / 07:39 am (ACI).- O Vigário da Pastoral Social e de Trabalhadores, Pe. Rodrigo Tupper, assinalou que a Igreja alenta aos legisladores a garantir o descanso dominical dos trabalhadores porque permitirá fortalecer a vida em família, “com todos os benefícios que isto comporta a seus integrantes e à sociedade em seu conjunto”.
“Consideramos que um projeto que garanta o descanso dominical será uma contribuição efetiva ao enriquecimento da vida familiar, com todos os benefícios que isso comporta a seus integrantes e à sociedade em seu conjunto”, afirmou o sacerdote ante a Comissão de Trabalho e Previsão Social do Senado, em representação do Presidente da Conferência Episcopal Chilena, Dom Alejandro Goic Karmelic.
O Pe. Tupper se referiu desta maneira o projeto de lei apresentado pelo senador Juan Pablo Letelier para modificar a normativa referente ao descanso dominical. O sacerdote disse que embora “seja fundamental promover o descanso dominical”, é necessário indicar que existem “necessidades familiares ou exigências de utilidade social” que “podem legitimamente eximir do descanso dominical, mas não devem criar costumes prejudiciais para a religião, a vida familiar e a saúde”.
“A Igreja –explicou-, promove e apóia as medidas orientadas a respeitar o descanso dominical”, a partir da consideração de aspectos centrais da fé em Jesus Cristo”, professada pela maioria dos chilenos, “e também da valoração da pessoa e da dignidade do trabalho humano”.
Nesse sentido, esclareceu que o princípio “não consiste em não trabalhar aos domingos senão em honrar ao Senhor, junto com sua família e sua comunidade. Há aqueles que não trabalham aos domingos e estão longe de honrar ao Senhor”.
Entretanto, indicou que “quanto o trabalho é um mandato divino para participar da co-criação do mundo, quando é realizado em condições dignas, é uma forma de honrar ao Senhor, qualquer seja o dia em que se realizar”.
Entretanto, durante sua apresentação, o Pe. Tupper assinalou que não é suficiente com regular o trabalho dominical, mas sim “alcançar uma efetiva dignidade do trabalho no contexto de uma sociedade mais justa e eqüitativa, com o esforço de todos em função do bem comum”.
“Por isso, é um dever ético que interpela a todos fazer os maiores esforços para superar as numerosas situações em que o trabalho se desenvolve em condições precárias, com inadequados níveis de proteção e remunerações insuficientes para uma digna subsistência do trabalhador e sua família”, expressou.
Fonte - ACI