segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Breve lição de sociologia

Ainda sobre o quanto disposto no post anterior, sobre a estranha consciência coletiva que tem tomado os adventistas do sétimo, de forma a se tornarem pessimistas acerca da volta do Senhor Jesus (antes éramos afoitos a dizer que estava próxima, hoje somos tendentes a dizer que está longe, ou ignorar os sinais e advertências, sob a pecha do chamado "alarmismo"), de se considerar o interessante argumento do artigo que, abaixo em parte transcrevo:

Émile Durkheim, o fundador da sociologia, ensinava que há um limite para a quota de anormalidade que a mente coletiva é capaz de perceber. Pode-se compreender isso em dois sentidos, simultâneos ou alternados:

I - Quando os padrões descem abaixo do limite, a sociedade automaticamente ajusta o seu foco de percepção para achar normal o que antes lhe parecia anormal, para aceitar como banal, corriqueiro e até desejável o que antes a assustava como inusitado e escandaloso.

II - Quando a anormalidade é excessiva, transcendendo os limites da quota admissível, ela tende a passar despercebida ou a ser simplesmente negada: o intolerável transfigura-se em inexistente.

Embora dificilmente corresponda a quantidades mensuráveis, a “constante de Durkheim”, como veio a ser chamada, revelou-se um instrumento analítico eficiente, sobretudo nos momentos de aceleração histórica, em que várias mudanças de padrão se sucedem e se encavalam no prazo de uma só geração, podendo ser observadas, digamos assim, com os olhos da cara.
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No sentido I, o princípio é aplicado por meio da pressão suave e contínua, rebaixando cuidadosamente, lentamente, progressivamente os níveis de exigência, primeiro no imaginário popular, por meio das artes e espetáculos, depois na esfera das idéias e dos valores educacionais, em seguida no campo do ativismo aberto que proclama as novidades mais aberrantes como direitos sagrados e por fim na esfera das leis, criminalizando os adversos e recalcitrantes, se ainda restarem alguns. Com uma constância quase infalível, nota-se que os autoproclamados conservadores se amoldam passivamente – às vezes confortavelmente – à mudança, sem perceber que sua nova identidade foi vestida neles desde fora como uma camisa-de-força por aqueles que mais os odeiam.

Na acepção II, a “constante de Durkheim” é usada para virar a sociedade de cabeça para baixo, da noite para o dia, sem encontrar qualquer resistência, por meio de mentiras e blefes tão colossais que a população instintivamente se recuse a acreditar que há algo de real por trás deles. As próprias vítimas do engodo reagem com veemência a qualquer tentativa de denunciá-lo, pois sentem que admitir a realidade da coisa seria uma humilhante confissão de idiotice. Para não sentir que foi feito de idiota, um povo aceita ser feito de idiota sem sentir, confirmando o velho ditado judeu: “O idiota não sente”.

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Fonte - Olavo de Carvalho

Nota DDP: É exatamente o que satanás tem feito com o povo de Deus, tudo que é anormal está lhe parecendo, normal. As coisas já são tão declaradas, que passam despercebidas, ou simplesmente negadas.

A transformação de comportamento veio por meio de pressão contínua e suave, utilizando-se das artes, espetáculos, valores educacionais, novidades aberrantes tidas como necessárias, o que tem rebaixado o nível de exigência e finalmente implicará na modificação das leis, a que muitos se conformarão, sem qualquer tipo de resistência.

O inimigo tem virado a sociedade de cabeça para baixo, a Igreja infelizmente e como profetizado tem sido envolvida no processo, sem qualquer resistência, chegando ao ponto que os ardis de satanás já são tão absolutamente explícitos, que os adventistas se recusam a admitir que exista algo de real por trás deles.

"As próprias vítimas do engodo reagem com veemência a qualquer tentativa de denunciá-lo."

Que Deus tenha misericórdia de todos nós.
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