sexta-feira, 24 de outubro de 2008
OMS alerta para aumento de suicídios durante crise
Para autoridades da Organização Mundial de Saúde (OMS), a crise financeira global trouxe uma nova preocupação: o aumento da ocorrência de suicídios, como se junto da desvalorização da bolsa, se intensificasse a depreciação do valor da vida.
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"São conseqüências da crise, que multiplicarão os suicídios e os transtornos mentais", anuncia alarmada Margaret Chan, diretora da OMS.
Para esta entidade, o suicídio é um indicador de um problema de saúde pública e traz à tona riscos psico-sociais tão graves como os que põem em perigo a integridade física das pessoas, portanto, deve-se deixar de considerar o suicídio como tabu ou como exclusivamente efeito de uma crise.
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Ao lado dos especialistas que tratam de conjurar os demônios soltos da recessão e das quebras em cadeia, as autoridades da saúde pública têm acendido a luz vermelha pelo que pode acontecer com todas essas pessoas que desfrutavam dos outros em paraísos de consumo em que foram convertidos os países desenvolvidos e de altas classes.
Acostumados com as delícias que os créditos generosos colocavam ao alcance de suas mãos, as fáceis hipotecas e o dinheiro, hoje elas não conseguem resolver o conflito emocional que traz a venda do iate e a impossibilidade de reavê-lo; ou a substituição do carro de luxo por um mais modesto, ou a necessidade de abandonar o faustoso apartamento. Instalados em um modo de vida confortável que eles presumiam imutável e seguro, nunca elaboraram um plano B que lhes serviria de alternativa.
Em 1929, pela falta desse plano, algumas das vítimas da quebra geral optaram por saltar das janelas, como os indígenas que partiam em massa para os abismos ou se enforcavam diante da quebra que significava para eles o domínio do invasor espanhol; ou como os romanos que expunham no senado suas razões para deixar a vida, como o argumento para obter licença de suicídio.
Diante desta quebra do valor da vida - que não tem ações em Bolsa, mas que explica o que ali se joga - a OMS e todos os que velam pela saúde humana enfrentam a necessidade de um plano B, que seja uma alternativa ao desespero dos novos pobres: pôr ao seu alcance motivações para viver que não sejam o dinheiro; valores de sobrevivência em meio à crise, ou simplesmente, um pouco de esperança.
Fonte - Terra
Nota DDP: Deixo que a Bíblia fale por si mesma...
Mateus 7: 24-27
Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.