Bancos centrais do mundo fazem um lance inédito, ousado e forte. É a principal notícia da ação contra a crise financeira. Agorinha mesmo, o Federal Reserve, Fed, dos EUA, anunciou uma ação coordenada com os outros principais BCs do mundo, da Europa, da Inglaterra, Suiça, Suécia e Canadá, para redução geral das taxas básicas de juros.
Esse tipo de movimento é inédito. BCs seguem suas próprias lógicas e devem lidar com os níveis locais de inflação. E, por sinal, há inflação elevada na maioria dos países.
Neste momento, porém, a crise financeira se sobrepõe à inflação. E o caráter global da crise exige ação global – coisa que parecia difícil. Mas saiu e é uma grande notícia: os BCs atropelaram seus calendários de reuniões e, em caráter de enorme emergência, anunciaram reduções de juros – tudo no esforço global de impedir o colapso dos sistemas financeiros por falta de crédito.
Detalhe: toda a operação foi anunciada em um comunicado do Fed, em vez de comunicados de cada BC. O propósito parace ser o de deixar claro que há uma coordenação global contra a crise.
O Banco Central da China também reduziu juros. O do Japão não o fez, informa o comunicado do Fed, porque os juros lá já estão abaixo do mínimo.
Mais do que o tamanho do corte do juros – e foi forte – o decisivo nesta hora é mostrar a capacidade de ação coordenada.
Os BCs reforçam uma atuação notável.
Fonte - G1
Nota DDP: Ação inédita, coordenada, sobrepondo-se a interesses particulares e... capitaneada pelo Fed americano, para quem os demais, mesmo que implicitamente, delegaram a função. A besta que sai da terra parece começar e se posicionar para ser, definitivamente, o braço secular que o poder eclesiástico precisa para recompor-se no cenário mundial.