segunda-feira, 6 de outubro de 2008

TUDO AO MESMO TEMPO AGORA – II

OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Se a análise atenta aos movimentos do Papado nos interessa sobremaneira diante de sua relevância profética, não menos importantes são aqueles encampados pelos EUA, uma vez que ambos ocupam os papéis principais no “eixo do mal” exposto no Livro do Apocalipse:

E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. (Ap 13:11)

Não se precisa entender de profecia, para observar com clareza meridiana, que a nação fundada sobre preceitos de paz, liberdade e não intervenção, especialmente religiosa, há muito deixou de se alinhar com os propósitos de seus fundadores e, de um tempo à esta parte, como visto no final das considerações traçadas no estudo anterior, tem se desmanchado aos encantos de Roma.

Essa aliança profana, já se caracterizou no passado, tem se desenhado no presente e voltará a se observar no futuro de forma concreta. Basta analisar a questão da queda do comunismo, para não restar dúvidas sobre a precisão profética:

“Sabe-se hoje, graças ao livro de Carl Bernstein e Marco Politi, 'Sua Santidade João Paulo II e a história oculta de nosso tempo', que o Vaticano de Karol Wojtyla e a Casa Branca de Ronald Reagan firmaram uma aliança. ” (Revista Isto É)

De se considerar, ainda, para fins de entendermos a evolução dos fatos que nos cercam neste contexto, como se relacionam na profecia estas duas figuras:

E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. (Ap 13:12)

Como ela se opera portanto, pela força e, o aparato que se tem formado em solo americano para viabilizar o cumprimento do “ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”, nunca foi tão viável como no tempo em que vivemos, especialmente após os eventos terroristas do 11 de setembro de 2.001.

Os EUA e o primeiro mundo de forma geral tem avançado sobremaneira na violação sistemática dos direitos individuais dos cidadãos, a título de preservação da segurança, com a implementação de tecnologias que vão desde micro-chips até os mais modernos exames biométricos, com o intuito de promover a localização e identificação das pessoas nas suas mais corriqueiras atividades.

É interessante notar que antigamente esse tipo de controle, notadamente, pelo viés escatológico que alguns grupos religiosos equivocamente correlacionam com a marca da besta, era temido pela população em geral, no entanto, dado o estado de insegurança generalizada que se abateu sobre este mundo moribundo e a necessidade de se “proteger”, a qualquer custo e a qualquer preço, especialmente o da liberdade, fez com que as pessoas passassem a aceitar e, até mesmo solicitar que estas tecnologias sejam implementadas.

Outra característica do atual posicionamento da maior potência do globo, é a de que vem violando sistemática e continuamente seus preceitos constitucionais, rompendo uma a uma com as emendas que norteiam seus mais básicos fundamentos e, caminhando a passos largos para ferir aquela que finalmente permitirá “estender seus braços sobre o abismo”, qual seja, a Primeira Emenda, que fixa a separação Estado/Igreja como ponto de partida da democracia americana.

Neste contexto, não se poder perder de vista que a Suprema Corte americana é quem em última instância vem patrocinando este estado de coisas e, talvez para surpresa de alguns, tal fenômeno vem ocorrendo de forma mais vigorosa exatamente quando, pela primeira vez na história daquele país, a maioria de seus juízes são de vertente católica, graças às sucessivas nomeações operadas durante o Governos de George W. Bush.

O Patriotic Act, levado a efeito como decorrência imediata dos ataques do 11/09, conferiu ao Presidente dos EUA, em caso de se verificarem situações extremas, poderes quase ilimitados e ditatoriais na tomada de medidas que este julgar convenientes e, isto somado aos poderosíssimos bancos de dados que vêm sendo montados por diversos países, faz-nos pensar que o controle sobre o homem médio em âmbito mundial nos nossos dias se tornou algo extremamente facilitado.

Outras nuances interessantes a serem consideradas, especialmente face aos fatos absolutamente atuais que têm permeado o debate político naquele país, encontram seu vértice na crise econômica e no processo eleitoral em andamento.

Em relação ao primeiro, impossível não se fazer citação de Ellen G. White sobre a relevância profética inerente ao tema:

"Quando as igrejas protestantes se unirem com o poder secular para amparar uma religião falsa, à qual se opuseram os seus antepassados, sofrendo com isso a mais terrível perseguição, então o dia de repouso papal será tornado obrigatório pela autoridade mancomunada da Igreja e do Estado. Haverá uma apostasia nacional que só terminará em ruína nacional" (Evangelismo, p. 234, 235).

Alguém poderia dizer: “Mas a ruína virá somente após a apostasia”. De fato, no entanto, não se pode perder de vista que o sistema só poderá entrar em colapso como resultado de um processo, não de um ato único. Quando os EUA se unirem definitivamente à Roma, caracterizando a apostasia nacional, certamente o farão em um quadro avançado de deteriorização político-econômica, o que certamente poderia se relacionar com o quadro em que vivemos.

Em relação ao processo eleitoral americano, as possibilidades são tantas e de tão grande variedade, que impossível se posicionar sobre qual dos dois candidatos ao governo melhor poderia se posicionar ao eventual cumprimento profético neste quadro que vislumbramos, no entanto, há de se notar com indubitável clareza, que o fator religioso permeia o debate de tal forma que é impossível afastar-se dele, como ficou claro após a nomeação de Sarah Palin na chapa de John McCain, que alavancou os números nas pesquisas a desfavor de Barack Obama, que também tem como seu vice alguém muito ligado às questões religiosas.

Para terminar, faço nova citação de Ellen G. White:

"O mundo é um teatro; os atores, seus habitantes, estão-se preparando para desempenhar sua parte no último grande drama. Entre as grandes massas da humanidade não há união, a não ser quando os homens se aliam para realizar seus propósitos egoístas. Deus está observando. Seus propósitos a respeito de Seus súditos rebeldes se cumprirão. O mundo não foi entregue às mãos dos homens, embora Deus esteja permitindo que os elementos de confusão e desordem dominem por algum tempo. Um poder de baixo está atuando para desenvolver as últimas grandes cenas do drama - Satanás apresentando-se como Cristo e atuando com todo o engano da injustiça naqueles que se estão unindo em sociedades secretas. Os que estão cedendo à paixão por confederar-se, estão executando os planos do inimigo. A causa será seguida pelo efeito." (E. G. White, Maranata, pág. 136) (Grifo meu)

Irmãos, não esperem observar os papéis mais importantes da atuação destes atores que aqui rapidamente consideramos, no Jornal Nacional. É nos bastidores que estão sendo tomadas as grandes decisões e, nas entrelinhas dos fatos que encontraremos os sinais que Deus nos deixou através da revelação profética. Na próxima semana veremos os sinais onde até mesmo os incrédulos já perceberam o anúncio do fim. Muito mais sobre os EUA indexado no Diário da Profecia.

Parte 1
Parte 3
Final
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