Artigo veiculado no site Mídia sem Máscara. Eu até estava achando bem interessante:
"...
O monstro estatal é o maior matador de homens que já surgiu no planeta. O paralelo com a crise de 1929 se impõe e nunca devemos esquecer que o ciclo daquela crise só se fechou com a II Guerra Mundial.
Eu me pergunto o que acontecerá politicamente nos Estados Unidos quando essa imensa classe média, que vivia ricamente, sem trabalhar, comprando e vendendo ações de seu computador pessoal, instalado em sua poltrona, descobrir que a brincadeira acabou. The game is over. Quando ela, a classe média, descobrir que seu imóvel não vale nada, que não tem comprador para ele, mas a sua hipoteca continua valendo. Essa gente vai entrar em desespero e toda vez que a classe média entra em desespero temos o caminho semeado para as tentações totalitárias. Nada de bom acontece quando a classe média se desespera e ela só pode escapar ao desespero quando os demagogos são desacreditados e os verdadeiros líderes assumem o comando da situação. A democracia só poderá sobreviver sob a liderança de gente moralmente superior. Onde estão esses líderes? Onde estão os homens egrégios? Não os vejo, vejo apenas demagogos falar à multidão.
Essa crise poderia ter acontecido anos antes. A dádiva do grande aumento da produtividade associada às inovações tecnológicas, no campo da informática e das telecomunicações, retardou o ajuste, que finalmente chegou.
Leia agora na revista Veja que acabou de chegar às bancas: “Com a aprovação do pacote de ajuda, Tio Sam salvou o mundo do colapso e será possível, primeiro, medir o tamanho do estrago e, em seguida, empreender a caminhada de volta na reconstrução dos mecanismos americanos e globais de produção de riqueza”. Nessa frase está o senso comum, a grande mentira. O Tio Sam não salvou coisa alguma e não haverá reconstrução que não seja um retorno à economia natural. E qual é esta? É a liberal, aquela que está na Bíblia: “Comerás o pão com o suor do seu rosto”. O pacote tenta precisamente escapar do real, é ele próprio o foguete a levar os homens lunáticos à lua. Um grande desastre. Seria cômico se não fosse trágico."
Até aqui, estava tudo bem, é um pouco disso tudo mesmo, mas na sequência o articulista saiu-se com essa:
"Qualquer arranjo fora desse preceito natural é artificial, irracional e alucinado. Não haverá melhora alguma se as bases racionais da sociedade não forem restauradas. Isso equivale a uma radical mudança na maneira como as massas vêem o Estado, de um bondoso provedor de benesses para o autor da grande tragédia. É tarefa para um Moisés converter as massas, alguém que traga as tábuas da Lei e mande destruir os bezerros de ouro. Os homens precisam parar de fazer seus sacrifícios a Baal. Chega de impostos! Chega de regulamentos! Chega de guardas na esquina dizendo o que as pessoas adultas devem fazer! Chega de Estado!"
Sei que é uma metáfora, mas definitivamente, parece que o interfaceamento da crise econômica com a crise moral, como vem pregando incessantemente o Vaticano, já se instala também entre os pensadores deste estado de coisas em que vivemos...