sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Uma verdade inconveniente

Uma crise como a que vem abalando Wall Street seria terrível em qualquer conjuntura. Mas o momento atual é particularmente ruim. A coincidência dos problemas com o sistema financeiro e as eleições presidenciais nos EUA aumenta as dificuldades para que se dê a volta por cima.

A crise se aprofunda no momento em que o presidente considerado por muitos o pior que já ocupou a Casa Branca está a cem dias do fim de seu mandato. No Congresso, um terço do Senado e toda a Câmara serão postos à prova na eleição de daqui a um mês.

Para piorar, as campanhas de Barack Obama e John McCain estão mergulhadas em um jogo de força sobre o qual os dois candidatos não têm qualquer controle. Se alguma vez os ingredientes para a falta de liderança política estiveram reunidos, este é o momento.

Fonte - Opinião e Notícia

Nota DDP: Momentos de crise e, crises singulares como esta pelo qual passa a maior nação do planeta, sendo esta figura central no desenvolvimento do quadro profético, tal como nós adventistas vislumbramos, nos levam à conclusão que estamos diante da virada de uma enorme página da história, talvez a transição do sexto para o sétimo reino, motivo pelo qual não podemos nos furtar em observar com atenção o que está ocorrendo.

Tenho meditado muito sobre um texto da Sra. White que me impressiona:

Em suas mensagens aos homens, os anjos de Deus apresentam o tempo como sendo muito breve. Assim me tem sempre sido apresentado. Verdade é que o tempo se tem prolongado além do que esperávamos nos primitivos dias desta mensagem. Nosso Salvador não apareceu tão breve como esperávamos. Falhou, porém, a Palavra de Deus? Absolutamente! Cumpre lembrar que as promessas e as ameaças de Deus são igualmente condicionais.

Deus confiara a Seu povo uma obra a ser executada na Terra. A terceira mensagem angélica devia ser dada, a mente dos crentes ser dirigida ao santuário celeste, onde Cristo entrara para fazer expiação por Seu povo. A reforma do sábado devia ser levada avante. A brecha feita na lei de Deus precisava ser reparada. Importava que a mensagem fosse proclamada com grande voz, para que todos os habitantes da Terra recebessem a advertência. O povo de Deus precisava purificar sua alma pela obediência da verdade, e preparar-se para estar sem falta perante Ele em Sua vinda.

Houvessem os adventistas, depois do grande desapontamento de 1844, sustido firme sua fé e seguido avante unidos, segundo a providência de Deus lhes abria o caminho, recebendo a mensagem do terceiro anjo e no poder do Espírito Santo proclamando-a ao mundo, haveriam visto a salvação de Deus, o Senhor teria operado poderosamente com os esforços deles, a obra haveria sido concluída, e Cristo teria vindo antes para receber Seu povo para dar-lhe o seu galardão. Mas no período de dúvida e incerteza que se seguiu ao desapontamento, muitos dos crentes no advento renunciaram a sua fé. ... Assim foi prejudicada a obra, e o mundo foi deixado em trevas. Houvesse todo o corpo de crentes adventistas se unido nos mandamentos de Deus e na fé de Jesus, quão grandemente diversa teria sido a nossa história!

Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo houvesse sido assim retardada. Não era desígnio Seu que Seu povo, Israel, vagueasse quarenta anos no deserto. Prometeu conduzi-los diretamente à terra de Canaã, e estabelecê-los ali como um povo santo, sadio e feliz. Aqueles, porém, a quem foi primeiro pregado, não entraram "por causa da incredulidade". Mat. 13:58. Seu coração estava cheio de murmuração, rebelião e ódio, e Ele não podia cumprir Seu concerto com eles.

Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos. Manuscrito 4, 1883.
(Evangelismo - Pág. 695/696)

Irmãos, leiam, releiam e meditem neste texto. Eu a princípio não conseguia, e ainda não consigo, entender como Cristo poderia ter voltado naquela época, afinal e racionalizando, faltavam mesmo tantos detalhes! Tantos sinais que hoje temos em profusão diante de nossos olhos! Mas a verdade é que Deus revelou à Sua serva que Ele poderia ter completado a obra naquele momento. É o que basta, não nos importam os detalhes.

Por outro lado, tenho observado que nós, os adventistas do sétimo dia já não cremos mais que Jesus pode estar realmente à porta, saímos de um extremo a outro, não se pode falar de sinais porque é alarmismo, não se pode falar em preparação/separação porque é fanatismo, não de pode falar de mudança porque é dissidência!

Divagamos sobre "talvez meus filhos", "talvez meus netos", "o evangelho ainda não foi pregado", "faltam tantos detalhes", "precisamos de mais tempo", "as pessoas não estão preparadas para ouvir sobre a volta de Cristo e o juízo", "sabe a mentalidade pós-moderna", "não fale imediatamente de Cristo, quem sabe daqui uns três anos, quando a pessoa já confiar em você", "ainda falta isso, ainda falta aquilo"...

Estaríamos esquecendo do Deus que abriu o Mar Vermelho? Estaríamos esquecendo do Deus que fará a pregação final do Evangelho, assim como fez a inicial, porque nós somos um fracasso neste intento, ou será que ainda não percebemos que o Evangelho tem se propagado de forma linear enquanto o crescimento populacional é exponencial? Nós por nós mesmos não vamos terminar nunca!

Alguém consegue ler novamente as palavras da Sra. White ecoando no tempo? Tem você observado em algum lugar "incredulidade, mundanismo, falta de consagração e contenda entre o professo povo de Deus"? Temos nós observado isso em nós mesmos? Temos nós gostado demais do Egito? Ou não?

Haverá amor quando da volta do Filho do homem?!?! Amor pela mensagem?!?!

Houvessem os adventistas, depois do grande desapontamento de 1844, sustido firme sua fé e seguido avante unidos, segundo a providência de Deus lhes abria o caminho, recebendo a mensagem do terceiro anjo e no poder do Espírito Santo proclamando-a ao mundo, haveriam visto a salvação de Deus, o Senhor teria operado poderosamente com os esforços deles, a obra haveria sido concluída, e Cristo teria vindo antes para receber Seu povo para dar-lhe o seu galardão. (EGW)

Não deixemos que o diabo nos roube a esperança, não a de dormir no Senhor como alguns já têm se conformado, mas a de ver Cristo voltando sobre as nuvens em glória e majestade. Separemo-nos agora irmãos, preparemo-nos para sermos trasladados como nos admoesta a Sra. White inúmeras vezes, porque o mundo está pregando que este é o momento.

Não corramos o risco de aguardar mais quarenta anos no deserto, porque a medida de nossa iniquidade pode ter chegado no limite e, infelizmente, sermos vomitados...

Deus abençoe os irmãos.
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