WASHINGTON - No encerramento do encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird), o presidente do Bird, Robert Zoellick, fez um alerta: a crise econômica poderá se transformar numa "catástrofe humana". No comunicado final do encontro, o comitê de desenvolvimento, órgão executivo conjunto de FMI e Bird, destacou que a crise está se transformando numa "calamidade humana e de desenvolvimento", ao aumentar a pobreza. Nesse contexto, foi aprovada a proposta de triplicar os recursos do Bird para US$ 100 bilhões nos próximos três anos, dos quais US$ 55 bilhões serão para infraestrutura e US$ 12 bilhões, para agricultura, em países que não têm dinheiro para programas de recuperação de suas economias. É o que mostra reportagem do Correspondente Gilberto Scofield Jr. na edição desta segunda em O GLOBO.
Zoellick afirmou que os países em desenvolvimento estão sendo atingidos por segundas e terceiras ondas da crise e que é preciso aumentar o capital das instituições multilaterais para que a ajuda seja feita logo. O presidente do Bird defendeu também que os emergentes tenham mais voz na entidade, como vem sendo negociado no FMI:
- Ninguém sabe quanto esta crise vai durar. Nós também não sabemos o ritmo de recuperação. Mas há um reconhecimento grande de que o mundo encara uma crise econômica sem precedentes e que os pobres estão sofrendo mais. Precisamos trabalhar para evitar esta catástrofe humana. A crise está mudando o mundo e o Banco Mundial precisa mudar com ela. Há amplo consenso de que os países emergentes devem ter mais influência - disse Zoellick.
Fonte - O Globo
Nota DDP: Insisto em dizer que são prematuras as bravatas de alguns no sentido de que a tormenta financeira e seus reflexos deletérios na sociedade já acabou.