Depois da tempestade, espera-se pela bonança. Mas, mesmo que ela nunca dê o ar da graça, já é possível identificar, no fim do túnel em que o mundo se encontra, um cenário bem diferente do que temos hoje.
Após um incêndio ter quase destruído o sistema financeiro internacional, numa crise iniciada em 2007, arquitetos já trabalham em uma nova estrutura, enquanto bombeiros ainda lutam contra as chamas. Líderes das 20 principais economias do mundo reúnem-se nesta semana, em Londres, com a missão de dar início à criação de uma nova ordem econômica e política mundial, em substituição àquela surgida após a Segunda Guerra Mundial. Muitos céticos duvidam que se consiga mais do que uma simpática carta de intenções para lidar com os atuais problemas da economia. Mas vários líderes do mundo desenvolvido já admitem: o tempo em que as nações ricas decidiam o futuro do mundo acabou.
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Há muito se fala em aumento do poder dos países emergentes e a transformação do mundo em uma realidade verdadeiramente multipolar. Mas a atual crise econômica parece estar acelerando esse processo, com empresas e governos de países antes considerados subdesenvolvidos ganhando poder e influência.
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O G20 pode assumir as rédeas da futura nova ordem internacional a partir do encontro desta semana em Londres. Os quatro BRICs, como maior força dentro da turma dos emergentes, têm muito a ganhar com essa mudança. Talvez até já negociando de igual para igual com os atuais chefes do mundo no ano de 2020.
Fonte - BBC