Veja-se: à medida que o tempo vai passando neste mundo, mais e mais urgência se deveria colocar - para o fiel seguidor de Jesus - no assunto do breve retorno do Salvador do mundo. Mas é isso que está a acontecer? É sobre isso que o nosso pensamento medita? Ou estamos ocupados (e preocupados) com precisamente as mesmas coisas que o mundo está?
A crise econónimo-financeira mundial parece dominar a atenção de todos. Como que um pensamento implantado na mente das populações, a esmagadora maioria dos povos relembra esta palavra mais frequentemente do que, eventualmente, o nome de algum familiar que lhe é querido...
Apreensão, incerteza e insegurança são palavras constantemente repetidas e impingidas às massas. O sentimento generalizado é de que o mundo se encaminha para um colapso qualquer, trajeto este que parece imparável. De todos os quadrantes se ouvem permanentes sinais de alarme, que talvez por receio não deixam sequer considerar hipoteses que não sejam de caráter negativo.
Uma coisa consigo discernir, sem dúvida alguma: nunca como agora, tudo foi tão global! Quero dizer, tornámos este mundo tão pequeno que hoje o que diz respeito a uma pessoa parece dizer respeito também a todas as outras.
Pretendo com este raciocínio sugerir que os desafios que estão perante nós são, provavelmente, maiores do que em qualquer outra época da existência humana. Mas, ao mesmo tempo, as oportunidades são fascinantemente mais alargadas.
Dou um exemplo: em 1929, as consequências da grave crise bolsista americana não foram alastradas ao mundo inteiro, como acontece com os problemas económicos de hoje. Como contraponto, em 1929, os esforços evangelísticos podiam consistir apenas em enviar homens e livros... somente até onde eles pudessem chegar; hoje, não há praticamente lugar algum onde o evangelho não tenha acesso! Seja por rádio, televisão ou (cada vez mais) internet, praticamente cada canto do mundo pode receber a mensagem da salvação 24 horas por dia!
O mundo aproxima-se da sua fase mais crítica. Nunca os cerca de seis mil anos de História deste triste planeta testemunharam um drama como o que em breve se desenrolará. Não fossem as palavras de segurança e conforto da Bíblia (oh, que contraste com os discursos fúteis e inconsequentes dos poderosos do mundo...), a visão do que está para vir seria terrivelmente trágica!
Está o povo de Deus, a Sua amada Igreja, preparada para se levantar contra as desgraças deste mundo? Estamos prontos para entrar na batalha que, finalmente, decidirá o destino dos milhões de almas ainda em trevas?
Ou, negligentemente, deixámos que a visão das coisas do mundo obscurecesse por completo a nossa capacidade espiritual de discernir os tempos?
Que tragédia é quando mesmo por amor ou amizade condescendemos em práticas que ofendem o próprio Deus, e permitimos que a bitola aferidora da nossa decisão seja a conformidade com os pensamentos e ideias mundanas e não a REVELADA VONTADE DE DEUS.
A um povo se pede que seja diferente! Que não tenha medo de anunciar uma boa nova surpreendente, por vezes impopular e desconfortável, em meio à crise que todos temem! Que não se detenha em tomar posição ao lado de Deus, ainda que isso signifique isolar-se dos restantes e sofrer por isso!
Cada um pergunte a si mesmo: aplica-se a mim a suave oração do salmista que diz 'a minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!' (Salmos 84:2)?
Se a resposta - revelada mais em atos do que em palavras - for não, então a maior crise não será a do mundo... mas a do próprio coração!
Fonte - O Tempo Final
Fonte - O Tempo Final