quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bispos da Ásia destacam poder unificador da Eucaristia

MANILA, terça-feira, 18 de agosto de 2009 (ZENIT.org).- Os bispos da Ásia propõem como prioridade favorecer o encontro íntimo e pessoal com Jesus Cristo e a comunhão entre as pessoas através de um novo fervor nas celebrações eucarísticas.

Assim assinala a mensagem final da nona edição da Assembleia Plenária da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (FABC), realizada em Manila (Filipinas), de 10 a 16 de agosto, com o tema “Viver a eucaristia na Ásia”.

“Neste sacramento, o Deus da unidade vem preencher e dotar nossa vida – pessoal e social – entregando-nos o dom da união com Ele e com o próximo”, indica a mensagem.

Nossas celebrações deveriam suscitar em todos a coragem para construir autênticas comunidades que reconciliem, perdoem e cuidem dos pobres e dos marginalizados”, acrescenta a mensagem final do encontro, que acontece a cada quatro anos.

O documento, divulgado nesse domingo, indica que “o amor aperfeiçoado no sacrifício oferecido por Jesus e renovado na Eucaristia gera um estilo de vida de amor sacrificado” e que “só isto pode conseguir verdadeira harmonia e paz”.

“A alma da Ásia tem sede de harmonia universal –destaca. A Eucaristia responde a esta busca; todo cristão e toda comunidade devem converter-se no que celebram: unidade na diversidade”.

Os bispos delegados participantes da reunião defenderam uma “cultura da escuta” que acolhe a Palavra de Deus de uma maneira contemplativa, “como a Virgem Maria”.

Em sua mensagem, lançam um chamado à esperança, destacando a Eucaristia como “uma memória capaz de curar o trauma do desespero”.

E também um chamado à missão: “Nossas celebrações eucarísticas precisam tocar os corações dos asiáticos, que amam a cor, as flores, os símbolos, a música e a contemplação”, indica a mensagem.

A IX reunião plenária da FABC, com 117 participantes, concluiu no domingo com uma celebração eucarística presidida pelo enviado papal, o cardeal Francis Arinze, no Centro Pio XII de Manila.

Na homilia, o purpurado destacou cinco elementos do sacrifício da missa: a fé e a reverência devida à Eucaristia; o modo digno e apropriado de celebrar o Mistério; a Palavra de Deus e a Eucaristia; a celebração eucarística e a inculturação, e a função do bispo diocesano.

Também assinalou o lugar central da Eucaristia no culto divino, citando a encíclica de João Paulo II Ecclesia de Eucharistia e a exortação apostólica de Bento XVI Sacramentum Caritatis.

“Estamos convencidos de que uma celebração da Eucaristia significativa, contemplativa, de experiência e oração –destaca a mensagem final do encontro– tem o potencial de fazer das comunidades cristãs da Ásia poderosas testemunhas de Jesus, testemunhas portadoras de sua presença, seu amor e seu poder curativo”.

Fonte - Zenit

Nota DDP: Consta da Ecclesia de Eucharistia:

"Por isso, os fiéis católicos, embora respeitando as convicções religiosas destes seus irmãos separados ["comunidades eclesiais" - não católicos], devem abster-se de participar na comunhão distribuída nas suas celebrações, para não dar o seu aval a ambiguidades sobre a natureza da Eucaristia e, consequentemente, faltar à sua obrigação de testemunhar com clareza a verdade. Isso acabaria por atrasar o caminho para a plena unidade visível. De igual modo, não se pode pensar em substituir a Missa do domingo por celebrações ecuménicas da Palavra, encontros de oração comum com cristãos pertencentes às referidas Comunidades eclesiais, ou pela participação no seu serviço litúrgico. Tais celebrações e encontros, em si mesmos louváveis quando em circunstâncias oportunas, preparam para a almejada comunhão plena incluindo a comunhão eucarística, mas não podem substituí-la.
...
Esta eficácia peculiar que tem a Eucaristia para promover a comunhão é um dos motivos da importância da Missa dominical. Já me detive sobre esta e outras razões que a tornam fundamental para a vida da Igreja e dos fiéis, na carta apostólica sobre a santificação do domingo Dies Domini, recordando, para além do mais, que participar na Missa é uma obrigação dos fiéis, a não ser que tenham um impedimento grave, pelo que aos Pastores impõe-se o correlativo dever de oferecerem a todos a possibilidade efectiva de cumprirem o preceito. Mais tarde, na carta apostólica Novo millennio ineunte, ao traçar o caminho pastoral da Igreja no início do terceiro milénio, quis assinalar de modo particular a Eucaristia dominical, sublinhando a sua eficácia para criar comunhão: « É o lugar privilegiado, onde a comunhão é constantemente anunciada e fomentada. Precisamente através da participação eucarística, o dia do Senhor torna-se também o dia da Igreja, a qual poderá assim desempenhar de modo eficaz a sua missão de sacramento de unidade »."

Como já debatido em outras oportunidades, os dois pontos fulcrais estabelecidos pelo potificado de BXVI: ecumenismo e santificação do domingo. Neste compasso a importância da celebração eucarística como sinal da unidade buscada.

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