A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu para um aumento no número de casos da chamada gripe A quando o inverno voltar ao hemisfério norte, no fim do ano. Da mesma forma, alertou a sociedade civil e organizações não-governamentais a ajudarem os governos a conter a pandemia com redes de informação e campanhas educativas.
O temor da OMS é o colapso do sistema de saúde de países onde ele é mais frágil e já onerado por outras epidemias como tuberculose, malária e Aids. Isso potencializaria a disseminação e o impacto da doença, que na maioria dos casos evolui de forma “suave e com recuperação total sem necessidade de cuidados médicos’’.
O peso da epidemia sobre o sistema de saúde brasileiro era considerado “moderado’’ – acima de “pequeno’’, abaixo de “severo’’ – até a primeira semana deste mês, último dado disponível e que tem base em informações passadas pelo Brasil.
– É certo que haverá mais casos e mortes – disse o diretor da OMS para o Pacífico Oeste, Shin Young-soo.
Até agora, a doença atingiu 182 mil pessoas no mundo e provocou pelo menos 1.799 mortes, segundo números que a própria OMS afirma estarem subestimados.
– A pandemia está se espalhando rapidamente, mas sua evolução futura não pode ser prevista. A maioria dos dados que temos foi coletada em países onde o sistema de saúde funciona bem – informou a OMS.
Ou seja: a “explosão’’ de casos aparece justamente quando a epidemia avança nos países desenvolvidos, concentrados no hemisfério norte, onde é verão agora e os índices de contaminação desaceleraram, embora não tenham estancado.
Em Genebra, a OMS convocou a sociedade civil para ela ajudar a identificar grupos mais vulneráveis – gestantes, cardíacos, diabéticos e imunodeprimidos são os alvos – e a divulgar informações sobre prevenção, educando a população sobre sintomas a serem tratados em casa.
Fonte - Diário Catarinense