sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Primeiro embaixador latino dos EUA chega ao Vaticano

FIUMICINO, 27 AGO (ANSA) - O novo embaixador dos Estados Unidos junto à Santa Sé, Miguel H. Diaz, chegou esta manhã a Roma. Ele é o primeiro diplomata de origem latina a representar o país no Vaticano.

Casado e pai de quatro filhos, Diaz, de 45 anos, é professor de teologia na Universidade de St. John's e no Colégio de Saint Benedict, em Minnesota. Ele foi conselheiro do presidente Barack Obama durante a campanha eleitoral e substituirá Mary Ann Glendon.

Nascido em Cuba, o novo embaixador chegou esta manhã ao aeroporto de Fiumicino, em Roma, acompanhado da família. Ele ainda não fez nenhuma declaração desde que está na Itália. Mas sabe-se que Diaz fala inglês, francês, espanhol, italiano e tem conhecimentos do alemão, a primeira língua do papa Bento XVI.

A data da apresentação das cartas credenciais ao Pontífice, contudo, ainda não está definida.

"Aguardo com emoção as próximas semanas, quando minha família e eu plantaremos novas raízes em Roma. Estou honrado de servir o presidente Obama e a nação norte-americana nesta minha nova veste e será uma honra grandíssima encontrar sua Santidade, o papa Bento XVI", dizia Diaz em uma nota divulgada recentemente pela Embaixada norte-americana.

A sede diplomática também ratificou em seu texto as "boas relações" entre os Estados Unidos e a Santa Sé, baseadas na colaboração estrita sobre uma ampla gama de prioridades, como a liberdade religiosa, o diálogo inter-religioso, a paz e a segurança.

Fonte - Ansa

Nota DDP: Várias nuances.

A primeira no que concerne à propícia nomeação de um representante latino, em um momento de grande mobilização do braço católico latino nos EUA, o que aconteceu também com a nomeação da última juíza da Suprema Corte, com as mesmas características, sendo ela inclusive católica.

A representante anterior já havia manifestado durante a visita do pontífice aos EUA o alinhamento deste país com a Sé papal, inclusive declinando a grande admiração pela figura do seu representante máximo, em quem Bush confessou ver Deus.

A diplomacia americana sem mudar o tom do governo anterior confessa a emoção e honra de trabalhar com BXVI, bem como que os dois estados estão alinhados em uma série de assuntos.

Além de todo este quadro, o novo representante é alguém muito afinado com o próprio presidente americano.

Logicamente tudo isso não deve passar de coincidência...


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