O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, ex-sacerdote católico, na qualidade de Presidente temporário do Mercosul por seis meses, inaugurou a Mesa de Diálogo inter-religioso, que terá sequência em outros países da região, nos próximos meses. “A riqueza do Mercosul não é somente comercial. A riqueza é cultural, geográfica e sobretudo humana. Digna de reconhecimento, escutá-la é, para mim, como governante, um dever e uma necessidade”, ele disse. Serão realizadas seis mesas e o resultados delas será apresentado na Cúpula dos Presidentes, no dia 4 de julho, em Assunção.O temas das seis mesas, segundo Juan Gattinoni, secretário regional do Conselho Latino-Americano de Igrejas-regional Rio da Prata versarão sobre: Diálogo com trabalhadores; diálogo sobre energia; diálogo com jovens ; diálogo com expressões de religiosidade; diálogo com a sociedade e diálogo com os parlamentares do Mercosul.
Presenças especiais foram os teólogos “Leonardo Boff e Frei Betto, do Brasil, e do vice-ministro de Culto do Paraguai, Hugo Britez, proveram insumos para a reflexão da Mesa de Diálogo. Participaram da Mesa representantes das Igreja Católica, Associação de Igrejas Evangélicas, Associação de Pastores Evangélicos, Igreja Anglicana, diferentes Igrejas Evangélicas e da tradição protestantes, judeus, muçulmanos, comunidades indígenas, Fé Bahai, Hana Yoga, Dia Mundial de Oração e organismos ecumênicos. A convocação e coordenação da Mesa esteve a cargo do CLAI-La Plata, com o apoio do Centro Regional Ecumênico de Assessoria e Serviço (CREAS), que sistematizou os debates e conclusões.”
O diálogo inter-religioso está obtendo forte apoio de políticos, especialmente, de mandatários ou ex-mandatários nacionais, como de Portugal, Grã Bretanha, Alemanha, Estados Unidos, Arábia Saudita, e agora do Paraguai na América Latina. Além dos países, a ONU também já aderiu pela promoção do diálogo inter-religioso. A Igreja Católica está conseguindo restabelecer a sua importância junto ao poder político do mundo.
“A sagacidade e astúcia da Igreja de Roma são surpreendentes. Ela sabe ler o futuro. Aguarda o seu tempo, vendo que as igrejas protestantes lhe estão prestando homenagem com o aceitar do falso sábado, e se preparam para impô-lo pelos mesmos meios que ela própria empregou em tempos passados. Os que rejeitam a luz da verdade procurarão ainda o auxílio deste poder que a si mesmo se intitula infalível, a fim de exaltarem uma instituição que com ele se originou. Quão prontamente virá esse poder em auxílio dos protestantes nesta obra, não é difícil imaginar. Quem compreende melhor do que os dirigentes papais como tratar com os que são desobedientes à igreja?” (O Grande Conflito, 580). “Removam-se as restrições ora impostas pelos governos seculares, reintegre-se Roma ao poderio anterior, e de pronto ressurgirá a tirania e perseguição” (O Grande Conflito, 564)
Fonte - Cristo Voltará