Nessas últimas semanas é bem freqüente ouvir-se pronunciamentos do papa Bento XVI sobre a urgência e a importância da unificação dos cristãos. Diz muitas vezes que é urgente trabalhar de muitas formas possíveis por essa unidade. Desde o seu discurso de posse ele vem dizendo que o diálogo ecumênico é a sua principal prioridade.
O diálogo enfrenta algumas dificuldades. Uma delas é a relação entre as escrituras e a tradição. A tradição, para muitos teólogos, tem origem pagã, e não pode haver acordo com o que dizem as escrituras. Porém, outros teólogos já admitem que não há contraposição entre as escrituras e a tradição. Assim como alguns já admitem haver harmonia entre o evolucionismo e a Bíblia.
Outra dificuldade grave é quanto a natureza da igreja de CRISTO. Nesse aspecto continua havendo uma divisão profunda. Entram aí questões como o batismo, perdão dos pecados e justificação pela fé ou pelas obras. Nessa última questão, já há um documento conjunto entre católicos e luteranos. Esse documento, porém, carece de fundamentação mais sólida da Bíblia.
O objetivo do diálogo ecumênico é a unidade eucarística. Visa-se que todas as pessoas de todas as igrejas cristãs participem da missa e da celebração da eucaristia.
Há motivos para essa pressa. Ao menos dois são bem importantes. Um deles é o crescente desprezo por grande quantidade de católicos em relação a sua religião. Isso acontece principalmente nos países desenvolvidos e também em países em desenvolvimento, como no Brasil.
O outro motivo é o aumento de pessoas interessadas em saber o que dizem as escrituras. Jamais na história da humanidade o povo teve tanta facilidade em ler a Bíblia. E também jamais em tempo algum se explicou com tamanha clareza pelo mundo todo o que dizem as escrituras sobre os temas vitais da salvação. O medo das igrejas tradicionais é que o povo descubra a verdade bíblica, e saia dessas igrejas. Isso levaria a um colapso do sistema católico e das igrejas protestantes e evangélicas estagnadas em seu passado.
Fonte - Cristo Voltará