ROMA, segunda-feira, 13 de julho de 2009 (ZENIT.org).- A visão de Bento XVI sobre a atual crise financeira, incluída na sua primeira encíclica social, poder-se-ia tornar um best-seller nos Estados Unidos, no caso de uma recente pesquisa realizada pela Cavaleiros de Colombo ser válida.
A sondagem de uma ampla amostra de americanos em março deste ano mostrou que 57% dos cidadãos dos Estados Unidos estavam ansiosamente querendo ouvir Bento XVI discutir "a curta visão da ganância pessoal e do egoísmo", que se pensa ser a principal causa da atual crise. Outros 55% queriam ouvi-lo explicar como uma sociedade pode ser construída, "onde os valores espirituais desempenham um papel importante."
Igualmente interessante é que um estudo anterior realizado pelos Cavaleiros em fevereiro mostrou descontentamento generalizado do público com a ética empresarial: 76% dos americanos acreditavam que a bússola moral corporativa americana está apontada na direção errada. 90% dos pesquisados vêem o avanço na carreira e o ganho pessoal como os principais fatores que executivos corporativos têm em conta na tomada de decisões empresariais. Além disso, quase dois terços acreditavam que as crenças religiosas deveriam influenciar significativamente as decisões dos executivos de negócios, e mais de dois terços dos executivos concordam.
A encíclica, que Bento XVI assinou na solenidade de São Pedro e São Paulo vem apenas alguns dias após o financista Bernard Madoff ter sido condenado a 150 anos de prisão por fraudar milhares de investidores em bilhões de dólares. O texto papal também foi lançado na véspera do encontro do G8 na Itália.
"O que a nossa enquete mostra que é o público americano vê algo de errado e muito sério e vê a ética como parte da solução", diz Carl Anderson, cavaleiro supremo dos Cavaleiros de Colombo. "Uma vez que o país é predominantemente cristão, no sentido em que a maioria dos americanos são cristãos batizados, e um em cada quatro são católicos, a opinião do Papa sobre estas questões vai ser muito importante nos Estados Unidos."
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"Uma política econômica que ordenada para o bem comum da família humana exige um máximo de disciplina ética, e assim, um máximo de força religiosa", dizia ele.
Fonte - Zenit
Nota DDP: Mais sobre a pesquisa dos Caveleiros de Colombo pode ser lido aqui.
"Agora, as pessoas estão buscando uma bússola moral e sabem que o Papa Bento XVI tem uma. Mas se uma bússola pode assinalar o caminho, segui-lo depende de nós." (Zenit)