Washington, 03 jul (RV) - "Bento XVI é muito mais que um chefe de Estado." Palavras do presidente norte-americano, Barak Obama, em entrevista concedida na Casa Branca a um restrito grupo de jornalistas, entre os quais uma correspondente da Rádio Vaticano.
O papa receberá Obama no dia 10, no Vaticano, ao final da reunião de cúpula do G8, e o presidente dos EUA disse que está muito ansioso para discutir com o pontífice como relançar o processo de paz no Oriente Médio.
Obama recordou ter tido uma "maravilhosa" conversação telefônica com o pontífice, logo após sua eleição presidencial, e de estar de acordo com ele sobre como enfrentar a crise no Oriente Médio: "O que os Estados Unidos podem fazer, sem impor a solução, é colocar um espelho diante de israelenses e palestinos para mostrar as conseqüências de suas ações. Este é o tema sobre o qual estou ansioso para discutir com o Santo Padre, que, creio, compartilhe a minha opinião".
"Politicamente, acrescentou Obama, vejo o encontro com Bento XVI como um colóquio com um chefe de estado estrangeiro, mas tenho consciência de que, naturalmente, é muito mais que isso. Entendo bem a influência que o papa tem muito além dos confins da Igreja Católica. O pontífice desfruta do meu máximo respeito pessoal, como pessoa que alia uma grande cultura a uma grande sensibilidade."
O presidente norte-americano citou ainda a obra que o papa desempenha em prol do diálogo interreligioso e fez votos para encontrem, juntos, temas sobre os quais colaborar por muito tempo: da paz no Oriente Médio à luta contra a pobreza, das mudanças climáticas à imigração. "Todos âmbitos nos quais o papa assumiu uma liderança extraordinária" – destacou Obama.
Sobre temas polêmicos, como aborto e bioética, o presidente dos EUA garantiu que não ignorará as críticas da Igreja: "Defenderei sempre com força o direito dos bispos de me criticarem, inclusive com tons exaltados. E ficaria feliz em acolhê-los aqui na Casa Branca, para falar de temas que nos unem e que nos dividem, em uma série de mesas-redondas. Todavia, sempre haverá âmbitos nos quais não será possível encontrar pleno acordo".
Fonte - Radio Vaticano
Nota DDP: Outras nuances deste confesso alinhamento do novo presidente americano com o líder romano (mais profético impossível), podem ser vislumbrados no Catholic News Service (em inglês), onde ele confessa abertamente ser muito influenciado por um bispo americano.
No contexto de um país que se formou em oposição aberta ao modelo romano de religião e, na sucessão de um presidente que via Deus ao fitar os olhos de BXVI, as perspectivas sobre o cumprimento da profecia são cada vez mais factíveis.
Maranata irmãos, Maranata.