O secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, Pe. Duarte da Cunha, elogiou a proposta lançada ontem pelo Patriarca Bartolomeu I de criar um Organismo que reúna todas as Igrejas cristãs da Europa.
Em entrevista à Agência SIR, o sacerdote afirmou que as Igrejas cristãs do continente europeu "são chamadas a unirem-se, de acordo com o mandamento do Senhor de ‘que todos sejam um' (João 17,21), de modo a servirem melhor o homem contemporâneo, que é cada vez mais confrontado com uma multiplicidade de desafios complexos, incluindo éticos e sociais".
Para o padre português, a relação entre a consolidação da Europa e a formação de uma associação de Igrejas cristãs já tinha sido referida por João Paulo II, na Exortação Apostólica Ecclesia in Europa: "O fortalecimento da união no âmbito do continente europeu estimula os cristãos a cooperarem com todas as suas forças no processo de integração e de reconciliação através do diálogo teológico, espiritual, ético e social. De facto, na Europa a caminho para a unidade política, porventura podemos nós admitir que seja precisamente a Igreja de Cristo um factor de desunião e de discórdia? Não seria este um dos maiores escândalos do nosso tempo?" (n.º 119).
Se as Igrejas cristãs estiverem juntas, o seu testemunho na Europa, "enriquecido pela sua herança de fé, valores e experiências sociais, será mais credível e terá um maior impacto nas instituições europeias", concluiu o Pe. Duarte da Cunha.
Fonte - Ecclesia
Nota DDP: Veja também "Bartolomeu I pede mais cooperação entre as igrejas":
"Cristãos, judeus e muçulmanos – disse ainda Bartolomeu I – se encontram há alguns anos em diálogo para a promoção da paz e da reconciliação. Todos buscam desesperadamente uma esperança. Por isso, nenhum retrocesso seria justificado. Pelo contrário, a colaboração de nossas Igrejas, mas também a cooperação com os responsáveis europeus, competentes em matéria política, econômica e social, é mais do que necessária, é um imperativo."
"Mali é sede de encontro interreligioso internarcional":
Líderes religiosos cristãos e muçulmanos de diversos países africanos reafirmaram, em especial, a importância do diálogo entre as duas crenças para estabelecer uma coexistência pacífica, marcada pela tolerância e pela solidariedade, pré-condições para o desenvolvimento econômico.
A segunda notícia estabelece bem a tônica das "uniões" temporais, como bem defendido pelo Prof. Sikberto Marks: no fundo a preocupação é ganhar mais dinheiro, o deus desse mundo.