quarta-feira, 8 de julho de 2009

Religião e política pelo prisma romano

Assim como da análise da nova encíclica veiculada pela igreja romana, onde temas que lhe são caros embora não explicitamente constem do texto, são nas entrelinhas claramente subentendidos, as manifestações sobre separação entre igreja e estado caminham na mesma régua. Vejamos:

Igreja inspira mas não faz política

Em sua encíclica publicada nesta terça-feira, Bento XVI não pretende fazer política, mas inspirar, apresentando a “caridade na verdade” como orientação para a vida pessoal e social, explica um de seus colaboradores.
(Zenit)

Inspirar ou intervir?

Bento XVI exige que as "finanças, após seu mau uso, que prejudicou a economia real", retornem a ser um instrumento orientado ao desenvolvimento. (G1)

Diante disso, ficam mais claras as intenções do "pedido" enviado ao G8:

Papa pede "decisões úteis"» ao G8

Bento XVI pediu hoje "decisões úteis" aos participantes da cimeira do G8, que decorre na cidade italiana de L'Aquila de 8 a 10 de Julho.
(Ecclesia)

As repercussões em âmbito global, até porque o documento foi lançado em uma "data estratégica, prévia ao encontro internacional do G8" (G1), devem eventualmente delinear o que se pode esperar da sua aceitação no ambiente político internacional.

Se muito tem se pregado sobre o reconhecimento das raízes cristãs da Europa, já também com suas repercussões, há de se esperar que o assunto ora em foco possa enveredar pelo mesmo caminho.
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