quarta-feira, 8 de julho de 2009

A nova encíclica - Repercussões

POLÍTICOS ITALIANOS COMENTAM ENCÍCILIA DE BENTO XVI

ROMA, 7 JUL (ANSA) - O ministro Trabalho, Saúde e das Políticas Sociais da Itália, Maurizio Sacconi, elogiou a nova encíclica do papa Bento XVI afirmando que o documento condiz com o Livro Branco do governo italiano sobre o modelo social.
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O ministro da Economia italiano, Giulio Tremonti, disse, por sua vez, que a publicação é "um documento muito, muito importante".

Já o economista Giacomo Vaciago pontuou que o sistema financeiro mundial registrou "nos últimos anos grandes sucessos", mas agora começaram a aparecer os problemas.

Para Vaciago, a "Caristas in Veritate" é um documento que "desmonta o debate superficial entre Estado e mercado" e coloca em evidência a importância das pessoas, já que o Pontífice conseguiu enumerar os problemas de diversos setores sociais.
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Fonte - Ansa

ACNUR ELOGIA NOVA ENCÍCLICA DE PAPA BENTO XVI

ROMA, 7 JUL (ANSA) - O escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) na Itália elogiou as palavras do papa Bento XVI sobre os direitos dos imigrantes incluídas na encíclica "Caritas in Veritate", apresentada oficialmente hoje.
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Fonte - Ansa

ORGANIZAÇÕES COMERCIAIS ELOGIAM NOVA ENCÍCLICA DE BENTO XVI

ROMA, 7 JUL (ANSA) - Entidades italianas do comércio e da agricultura elogiaram a nova encíclica do papa Bento XVI, oficialmente publicada hoje, em que o Pontífice alerta para uma economia sem Deus que causou o atual colapso financeiro.

O presidente da Conferência Italiana de Agricultores (CIA), Giuseppe Politi, expressou por meio de uma nota sua "viva apreciação" e "apoio" ao documento papal, intitulado Caritas in Veritate (Caridade na Verdade).
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A confederação do comércio Confesercenti também comentou o documento pontifício, defendendo que a força moral da encíclica é "um respeitável apelo à responsabilidade para sair da crise, como um mundo que entendeu a lição e que voltar a crescer cada vez mais sólido e justo".
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Fonte - Ansa

Nota DDP: Certamente que estas manifestações iniciais devem ser consideradas no contexto do âmbito em que foram proferidas, a própria Itália, sede do poder eclesiástico romano, no entanto, não deixam de serem relevantes por este motivo.

Fora destes termos, pode ser citada ainda, vinda de Portugal, a manifestação de Alfredo Bruto da Costa, presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), convidado da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa) para comentar a nova encíclica, que qualificou como "um documento extremamente denso". Destaco:

'O documento de Bento XVI advoga uma nova ordem política e financeira internacional, que para o presidente da CNJP se justifica pelo facto de os Estados estarem a perder o seu poder político, porque "a actividade económica e financeira não tem fronteiras" e pela progressiva reunião dos Estados em organizações "supraregionais". Nesse sentido, acrescentou, há uma necessidade de "reavaliar o papel".' (Ecclesia)

Não se pode perder de vista ainda outra interessante constatação veiculada no dia de hoje, qual seja, a de que os americanos "querem ouvir o papa falar sobre economia":

"A pesquisa revela que 70% dos norte-americanos desejam escutar a palavra do Papa sobre a fome no mundo e a pobreza, 57% querem ouvir sua mensagem sobre a miopia da avareza, e 55% desejam ouvir o que tem a dizer sobre como os norte-americanos podem construir uma sociedade onde os valores espirituais desempenhem um papel importante.

Também, a pesquisa revela que 59% dos norte-americanos têm um ponto de vista muito favorável ou favorável sobre o Papa, apenas 20% têm um ponto de vista desfavorável ou muito desfavorável."
(Zenit)

É surpreendente que um país fundado de forma a se apartar totalmente do catolicismo romano, possa nos nossos dias subsidiar a premissa de que "os norte-americanos buscam uma bússola moral, e sabem que o Papa Bento XVI a tem".

Surpreendente, mas totalmente profético.
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