Cidade do Vaticano, 06 jun (RV) - Nos anos passados, falou-se muito sobre o risco de conflitos de civilizações, em particular entre o mundo muçulmano e o mundo ocidental, depois do episódio terrorista de 11 de setembro de 2001.
A Igreja Católica sempre foi decididamente contrária a esta leitura da realidade mundial, buscando a compreensão recíproca entre povos, culturas e religiões; empenhando-se ativamente, portanto, para que as oposições e as incompreensões não se aprofundassem, dando origem a conflitos e guerras. Daí a linha do diálogo inter-religioso e a busca contínua da paz.
A recente viagem do papa à Terra Santa foi uma manifestação exemplar de tal posição da Igreja.
Agora, também o discurso do presidente Obama, no Cairo, em vista do estabelecimento de uma nova relação entre a América e o mundo muçulmano, segue essa mesma e justa direção, e insere no horizonte mundial um elemento de esperança.
O inegável peso político dos Estados Unidos se vê empenhado claramente em favor de alguns objetivos certamente cruciais para a paz no mundo. O empenho em prol da solução do conflito entre israelenses e palestinos, a afirmação não apenas da necessidade da não-proliferação nuclear, mas mais radicalmente, do desarme nuclear de todas as nações. E ainda: o quadro mais amplo da liberdade religiosa, da dignidade da mulher, da democracia e do desenvolvimento dos povos.
São aberturas rumo a objetivos para cujo alcance muitas pessoas de boa vontade desejariam colaborar, para encontrar as estradas justas para a humanidade em caminho. Objetivos nos quais – fazemos votos – possam se encontrar todos aqueles que creem no Deus criador e amante da paz. (Pe. Federico Lombardi S.J.)
Fonte - Radio Vaticano