As ideologias de separação mostraram ser formas erradas de pensar a missão da Igreja em áreas como a justiça e a paz. A participação das Igrejas na vida social da Europa foi explicada pelo Cardeal Péter Erdõ, Arcebispo de budapeste e Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, que decorre em Zagreb, na Croácia.
O Arcebispo de Budapeste explicou que através das "ideologias separatistas extremas, se entende o actual pensamento que tenta separar a Igreja e a fé das realidade sociais e económicas da política e confinar a crença religiosa à esfera privada".
"Com os olhos no bem da pessoa humana e no amor, a Igreja encara a política e tudo o que diz respeito à vida social como parte integrante do seu serviço", referiu o Arcebispo, pois o homem não pode ser dividido. "O homem é a soma de várias vertentes humanas".
Por isso, explicou o Cardeal Erdõ, questões como a "justiça e a paz pertencem, intrinsecamente, à missão da Igreja e qualquer tentativa de separar a missão pastoral ou evangelizadora das questões sociais equivale a um sério erro e levaria a crer que a justiça social nada teria a ver com a fé".
A Igreja olha integralmente para a sociedade, "englobando pobres, crianças, órfãos, bebés recém nascidos ou ainda no útero materno, vítimas de violência, famílias em perigo", enumerou. Todas as pessoas que sofrem são alvo da atenção especial da Igreja, destacou na sua alocução aos participantes na reunião em Zagreb.
Daí o convite, explicou, dirigido à Comissão Europeia para a Justiça e Paz, que através da sua acção possa dar "uma palavra profética para o mundo", sobretudo "em defesa dos mais desfavorecidos".
Fonte - Ecclesia
Nota DDP: Insisto na idéia do "a César o que é de César". A igreja romana continua pretendendo, ainda que levantando uma bandeira talvez dissimulada, interferir no ambiente político. Durante o tempo que isso ocorreu, os resultados são notórios.