BRASÍLIA, segunda-feira, 8 de junho de 2009 (ZENIT.org).- O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara Barbosa, destacou nesta segunda-feira que a Igreja se preocupa com questões ligadas à ecologia, uma responsabilidade de todos, também “a partir do ângulo da fé”.O secretário geral falou em coletiva de imprensa na abertura do Simpósio Internacional “Mudanças Climáticas e Justiça Social”, evento organizado pela CNBB e Misereor, entre hoje e quarta-feira, em Brasília. O Simpósio, que discute os impactos das mudanças climáticas sobre as populações mais vulneráveis, acolhe cerca de 200 participantes.
Dom Dimas afirmou que a consciência ambiental tem crescido na Igreja. Ele relembrou alguns dos esforços da Igreja no Brasil para tratar da temática ecológica.
“Não é de hoje a preocupação da Igreja em tratar das questões ligadas a ecologia. Podemos lembrar que em 1979, a Campanha da Fraternidade refletiu a temática ‘Preserve o que é de todos’; em 2004 voltamos a pensar sobre o assunto com a Campanha da Fraternidade ‘Água, fonte de vida’, e em 2007 com a Campanha ‘Vida e Missão neste Chão’, recordou, segundo informa a CNBB.
Além das Campanhas, Dom Dimas se referiu à Comissão Episcopal Especial para a Amazônia. “A Amazônia tem se tornado estratégica para a Igreja no Brasil e temos lutado para que ela seja preservada”, disse.
Dom Dimas ainda lembrou que durante a 46ª Assembleia Geral da CNBB, em abril de 2008, foi decidida a criação de uma equipe multidisciplinar para representar os vários biomas brasileiros. Desde então, o grupo reflete sobre sustentabilidade e ação concreta dentro dos seguintes biomas: cerrado, pantanal, semi-árido, os pampas, a mata atlântica e a realidade urbana das grandes cidades.
O secretário-geral da CNBB enfatizou que a constituição do grupo, formado desde o ano passado, tem o objetivo de se preocupar com a questão da ecologia e do meio ambiente.
“Nos preocupamos com essa responsabilidade a partir do ângulo da fé. Quando nos preocupamos com o meio ambiente também nos preocupamos com a vida do planeta.”
“Acreditamos que as mudanças climáticas irão atingir as populações mais pobres do Brasil. Questões ligadas às águas, alimentação e saúde serão diretamente atingidas. Os ricos sofrerão menos com essas mudanças, por isso, é importante criar formas de adaptação a essas mudanças climáticas”, disse Cláudio Moser, representante da Misereor.
Fonte - Zenit
Nota DDP: A cúpula romana tem um claro direcionamento sobre a questão ecológica pelo ângulo da fé, que aliás é o mesmo para enfrentamento de outras questões globais.