Bento XVI revelou esta Segunda-feira que está "próxima" a publicação da sua terceira encíclica, intitulada "Caritas in veritate" (Caridade na verdade), que será dedicada a temáticas sociais.
"Este documento, que tem a data de hoje, 29 de Junho, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, pretende aprofundar alguns aspectos do desenvolvimento integral na nossa época, à luz da caridade na verdade", disse aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação do Angelus.
O Papa indicou que serão retomados os temas tratados na "Populorum Progressio", documento de referência para a Doutrina Social da Igreja, publico em 1967 por Paulo VI.
"Confio à vossa oração este novo contributo que a Igreja oferece á humanidade, no seu compromisso por um desenvolvimento sustentável, no pleno respeito pela dignidade humana e pelas reais exigências de todos", concluiu.
Fonte - Ecclesia
Nota DDP: Como já anteriormente veiculado neste espaço, o novo documento "terá como tema central os problemas do trabalho e da economia", pedindo uma "solidariedade global e uma nova ética nas finanças" (ANSA).
Não haverá ataque à globalização, mas a conclusão de que ela precisa ser governada, com novas regras.
Governada por quem?
A resposta está dada na encíclica. Pelo que já se sabe, o papa frisa que não seria um governo por meio de um megaestado nem pela ONU. Ratzinger propõe, consoante adiantado pela assessoria de imprensa vaticana, um modelo internacional de governo da globalização com uma “autoridade”. E essa autoridade “deverá (1) ser regrada pelo direito, (2) ater-se de modo coerente ao princípio da solidariedade, (3) ser dirigida à realização do bem comum e (4) empenhar-se na promoção de um autêntico e integral desenvolvimento humano, este inspirado nos valores da caridade e da verdade”. (Terra Magazine)
Quem seria esta autoridade?
Outras nuances sobre esta questão da encíclica e, suas possíveis aplicações, aqui.