Sistema sem senha nem assinatura para pagamentos de baixo custo estreia no Rio de Janeiro e promete acabar com filasRio - Um adolescente entra no fast-food, pede seu lanche e aproxima o chaveiro de uma máquina com leitor de rádio frequência (RFID) para pagar a conta. Perto dali, na estação de trem, uma jovem aproxima o celular da catraca, que se abre para ela seguir viagem. Eles não se conhecem, mas no fim dia estarão num cinema, onde pagarão o ingresso da mesma forma, assim como o senhor que aproximou o relógio da leitora. As contas aparecerão na fatura do cartão de crédito de cada um deles.
As cenas são hipotéticas, mas já podem acontecer de verdade no Mac Donald's da Uruguaiana, numa catraca da Central do Brasil e no UCI do NorteShopping, entre outros estabelecimentos que participam do sistema PayPass, lançado semana passada no Rio de Janeiro por Credicard, Mastercard e Rede Card.
A tecnologia, que começou a ser desenvolvida em 2000, ganhou fôlego em 2007 e já está presente em 31 países (quase 66 milhões de dispositivos), é na verdade uma extensão do cartão de crédito para evitar filas em compras de pequeno valor. Não é preciso digitar senhas ou assinar, apenas aproximar o dispositivo da leitora.“Pesquisas mostram que o pagamento com o PayPass chega a ser 15 segundos mais rápido do que com dinheiro”, diz Gilberto Caldart, diz presidente da MasterCard Brasil.
Na segunda-feira, a Mastercard começou a distribuir o cartão PayPass em formato de chaveiro com crédito de R$ 20 para 6 mil clientes. A partir de janeiro, ele estará disponível para os 600 mil clientes da operadora no País. Outros formatos, como o adesivo para ser colado no celular, podem ser lançados, dependendo da aceitação dos consumidores. O limite do cartão é de R$ 200 por mês e R$ 50 por dia. O PayPass pode ter outros valores, se o emissor do cartão desejar, e ser atrelado a um cartão pré-pago ou de crédito.
O Rio de Janeiro é a primeira cidade da América Latina a receber o sistema. Os primeiros alvos das operadoras do PayPass são os transportes públicos, com máquinas leitoras em estações da Super Via, Metrô e no Bondinho do Pão de Açúcar. Segundo Caldart, a tecnologia pode ser adaptada para venda de ingressos em eventos esportivos. Estrangeiros clientes das operadoras podem usar o PayPass sem maiores complicações. Tudo a ver com a cidade que vai sediar Copa do Mundo e Olimpíada.
Fonte - O Dia
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