sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O grande desperdício

Paul Krugman
Do The New York Times

No começo desta semana, o inspetor-geral para o Troubled Asset Relief Program (Programa para Alívio de Ativos Problemáticos), também conhecido como o fundo de socorro financeiro aos bancos, lançou o seu relatório sobre o resgate de 2008 do American International Group, a companhia de seguros. A essência do relatório é que os representantes do governo não fizeram nenhuma tentativa séria de extrair concessões dos banqueiros, embora estes banqueiros tenham recebido benefícios enormes do resgate. E perdeu-se mais do que dinheiro. Ao fazer o que era, de fato, um presente multibilionário para Wall Street, as autoridades questionaram sua própria credibilidade - e colocaram a economia, em um sentido mais amplo, em risco.

O resgate da AIG foi parte de um padrão: ao longo da crise financeira, os principais diretores - especialmente Timothy Geithner, que foi presidente do New York Fed em 2008 e agora é secretário do Tesouro - esquivou-se de fazer qualquer coisa que pudesse amedrontar Wall Street. O paradoxo amargo é que esta abordagem de não se arriscar acabou por minar as esperanças para a recuperação econômica.

O trabalho de consertar a economia falida está longe de terminar - apesar disso, concluir o trabalho tornou-se quase impossível, agora que o público perdeu a fé nos esforços do governo, vendo-os como pouco mais do que esmolas para as pessoas que nos colocaram nesta bagunça.
...
Pois a economia ainda está em grandes apuros e precisa muito mais da ajuda do governo. O desemprego está na casa dos dois dígitos; precisamos desesperadamente de mais investimentos federais na criação de empregos. Os bancos ainda estão fracos e o crédito ainda está escasso; precisamos desesperadamente de mais ajuda do governo para o setor financeiro. Mas tente falar para um eleitor comum sobre isto, e a resposta que você provavelmente vai receber é: "Sem essa. Tudo que eles farão é dar mais dinheiro para Wall Street".

Então aqui está a verdadeira tragédia do socorro financeiro mal feito: os representantes do governo, talvez influenciados por passarem muito tempo com os banqueiros, esqueceram que se você quer governar efetivamente, você precisa manter a confiança das pessoas. E, ao tratar o setor financeiro - que, pra começo de conversa, nos colocou nesta bagunça - pisando em ovos, eles desperdiçaram esta confiança.

Fonte - Terra Magazine

Nota DDP: Veja também "Obama: dívida alta pode levar EUA a nova recessão". As realidades que se desenham diante de um quadro de caos econômico na maior nação do planeta, que certamente afetará o restante do globo, como se vislumbrou de forma aparentemente leve no ano passado, com o alinhamento de outros vetores de cumprimento profético como se tem percebido nos demais posts trazidos neste espaço, podem desencadear os últimos eventos:

“Sob a liderança de Satanás, há homens hoje em dia que estão fazendo tudo o que podem para mergulhar o mundo num conflito comercial. Assim, Satanás está procurando suscitar um estado de coisas que fará com que o mundo se torne incivilizado. Ele deseja ver a realização de coisas estranhas que Deus, O qual é demasiado sábio para errar, não ordenou.” (Este Dia Com Deus, pág. 307)

Este estado de coisas pode rapidamente levar a consumação de outras nuances proféticas, como retro considerado, que já se encontram em estado bem avançado. Dentre elas:

“Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritualismo, quando por influência dessa tríplice aliança os Estados Unidos forem induzidos a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram deles um governo protestante e republicano, e adotarem medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das atuações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo” (Testemunhos para a Igreja, vol. 5, p. 451).

A nação americana tem a cada dia se afastado dos princípios que nortearam sua fundação e a proteção Divina sobre esta não restará indefinidamente, não porque Deus assim o queira, mas pelas próprias opções que esta vem fazendo. E "estender os braços sobre o abismo", algo outrora impensável, parece a cada dia mais factível.

Maranata.

Para saber mais sobre o papel dos EUA na profecia, comece aqui.


Related Posts with Thumbnails