segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Questões que "unem" os segmentos religiosos nos EUA (e no mundo)

Mencionado o apelo do reverendo Martin Luther King à desobediência civil, 145 líderes evangélicos, católicos e ortodoxos dos Estados Unidos assinaram uma declaração na qual afirmam que não vão cooperar com leis que alegam poderiam ser usadas para compelir suas instituições a participar de abortos, e que não abençoarão ou reconhecerão de qualquer outra maneira uniões entre casais homossexuais.

"Prometemos, uns aos outros e a todos os nossos irmãos de fé, que não haverá potência neste mundo, seja cultural ou política, capaz de nos intimidar e de nos impor o silêncio e a aquiescência", afirma a declaração.

O manifesto, que será lançado hoje em um evento no National Press Club de Washington, representa um esforço para tentar renovar a aliança política entre os católicos conservadores e os evangélicos que dominou os debates religiosos nos Estados Unidos durante o governo do presidente George W. Bush. Entre os signatários da declaração estão nove arcebispos da Igreja Católica americana e o primaz da Igreja Ortodoxa dos Estados Unidos.

Os líderes religiosos desejam sinalizar ao governo Obama e ao Congresso que continuam a representar uma força formidável e que não aceitarão compromissos quanto ao aborto, quanto à pesquisa científica com células-tronco ou quanto ao casamento homossexual. A esperança do grupo é influenciar o debate em curso sobre o pacote de reforma da saúde, sobre um projeto de lei quanto a uniões homossexuais em Washington, e sobre um projeto de lei contra a discriminação no emprego, que proibiria a discriminação no trabalho por motivos de orientação sexual.

Os líderes afirmam que também desejam dialogar com os cristãos mais jovens que se tenham envolvido com questões como a mudança do clima e o combate à pobreza mundial, e que em geral costumam aceitar a homossexualidade de maneira mais tranquila que seus correligionários de idade mais avançada. Os líderes afirmam que desejam lembrar aos jovens cristãos que aborto, homossexualidade e liberdade religiosa continuam a ser questões primordiais.
...
Os líderes se encontraram em uma conferência religiosa em Manhattan, em setembro, para debater o rascunho da declaração e obter sugestões dos demais presentes. O documento, de 4,7 mil palavras, é conhecido como "Declaração de Manhattan: Um Apelo à Consciência Cristã". O New York Times obteve uma cópia antes do lançamento formal.
...
Fonte - Terra


Related Posts with Thumbnails