
Desde que assumiu a Presidência, em janeiro deste ano, Obama demonstrou boa disposição para empregar o enorme poder de seu país no esforço para forjar um mundo mais pacífico, e enfatizou a importância da cooperação internacional, do compromisso diplomático e do respeito mútuo. Segundo sua visão, tudo é possível para quem está decidido a superar obstáculos. Todos esses princípios são essenciais para resolver o desafio climático.
A realidade do aquecimento global apresentará exigências sem precedentes a todos os países, tanto por causa dos milhões de refugiados econômicos e ambientais que chegarão às praias das nações ricas, como pela deterioração das florestas e dos sistemas agrícolas, além da ameaça de fome maciça entre os pobres.
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O problema climático é um desafio fundamental para a liderança mundial, que requer dirigentes honestos e de princípios, visionários e práticos, que transmitam a urgência das tarefas a empreender e preparem seus povos para enfrentar as duras alternativas e inevitáveis sacrifícios decorrentes da necessidade de se frear o aquecimento global. Esses dirigentes devem instrumentar políticas efetivas em beneficio das atuais e futuras gerações, e deixar de lado as soluções de rotina ou com o objetivo de apenas obter vantagens políticas de curto prazo. Esses líderes deveriam pedir aos seus povos a mesma lealdade, transparência, equidade e justiça que devem exigir de si mesmos.
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O prêmio Nobel da Paz dá a Obama uma oportunidade maior para incentivar o mundo para a cura de velhas e novas feridas e aprender a coexistir em paz. Quando receber o prêmio, no dia 10 de dezembro, a conferência mundial sobre o clima em Copenhague já estará em marcha. Esta é a grande ocasião para que os líderes mundiais demonstrem que entendem a natureza singular do desafio e que estão preparados para enfrentá-lo. Chegou a hora das decisões. A mudança climática não exige nada mais e nada menos.
Fonte - Envolverde
Nota DDP: Ver também "Merkel e Obama debatem alterações climáticas" e "ONU pressiona EUA a cortar gases-estufa para impulsionar acordo". Destaque:
"Precisamos de um alvo claro dos Estados Unidos em Copenhague", disse em coletiva de imprensa Yvo de Boer, chefe do Secretariado para as Mudanças Climáticas da ONU.
"Essa é uma peça essencial do quebra-cabeça."