segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Poder dos EUA no mundo diminuirá (?)

A visita do presidente Barack Obama à China esta semana suscita a inevitável comparação entre as duas potências mundiais. O que se diz por aí é: a Grã-Bretanha dominou o século XIX, os Estados Unidos dominaram o século XX e é quase certo que a China domine o século XXI. Talvez, mais é muito cedo para entregar o século à China.

Por quê? Talvez pelo fato de que o mundo de hoje é altamente integrado e nele todos os aspectos da produção - matérias-primas, design, fabricação, distribuição, entrega, financiamento e marcas - tornaram-se commodities que podem ser acessadas por qualquer pessoa em qualquer lugar. Mas ainda restam duas coisas que não podem virar commodity. Felizmente, uma delas é abundante nos Estados Unidos: a criatividade.

O que nossos cidadãos imaginarem agora tem mais importância do que nunca, porque hoje essas ideias podem ser colocadas em prática de forma mais aprofundada, rápida e barata. Em um mundo tecnologicamente evoluído como o nosso, as sociedades que apoiarem as pessoas visionárias, com capacidade de criar novas ideias e inovação, terão mais chances de se desenvolver. O iPod, da Apple, pode ser fabricado na China, mas foi criado e desenvolvido nos Estados Unidos e é pra lá que vão os lucros. Os Estados Unidos, com sua sociedade aberta, ilimitada e que recebe bem os imigrantes, ainda é a maior máquina de fazer sonhos do mundo.

Quem daria, então, um século em que a criatividade terá um valor tão alto a uma sociedade autoritária que controla o acesso à internet e coloca presos políticos na cadeia? Lembre-se do que a vovó costumava dizer: Nunca dê um século a um país que censura o Google.

Mas mesmo que a nossa cultura criativa esteja em pleno vigor, existe outro fator que não pode ser convertido em commodity e que diferencia os países de hoje: bons governos que incentivem a criatividade. E é isso que corremos o risco de perder. É a capacidade da liderança de um país para pensar em longo prazo, abordar seus problemas com uma legislação estratégica e contratar talentos para colaborar com o governo. O que me aflige é que os Estados Unidos só têm conseguido aprovar medidas meramente ordinárias para seus maiores problemas: educação, dívidas, regulamentação financeira, saúde pública, energia e meio ambiente.
...
Fonte - Terra Magazine

Nota DDP: Dois aspectos interessantes do arrazoado do ponto de vista que interessa a este espaço: Primeiramente a questão da passagem do domínio americano e, em segundo lugar, a possível duplicação da "fórmula de sucesso" totalitária.

No que se refere ao primeiro aspecto, ainda que se possa trabalhar com a idéia de um retorno posterior dos EUA ao seu estado de supremacia política no mundo para efeito de cumprimento da profecia, é muito mais razoável, dadas as demais nuances que caracterizam o tempo em que estamos vivendo, pensar ou que a China não chegará ao patamar que para ela se projeta, ou que a nação americana cumpra com seu papel profético antes da consumação desta possibilidade, o que apontaria, mais uma vez, para a proximidade latente dos últimos eventos.

No que se refere ao segundo aspecto, surge a possibilidade de que a "mão de ferro" do estilo chinês de governar possa fazer escola em outras paragens, inclusive nos EUA, que vem flertando abertamente com o estilo comunista, como já considerado inclusive em outros posts deste espaço.

Seja por uma vertente, seja pela outra, é de se notar que as possibilidades subsidiam o cumprimento da profecia bíblica em nossos dias.


Related Posts with Thumbnails