segunda-feira, 1 de junho de 2009

A crise e o ecumenismo

O Papa pede que religiões e as sociedades se abram umas às outras perante a crise mundial
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"É necessário favorecer o ressurgimento de um mundo onde as religiões e as sociedades se abram umas às outras, graças à abertura que praticam em seu seio e entre elas. Assim se dará um testemunho autêntico de vida. Assim se criará um espaço que favorecerá um diálogo positivo e necessário. Oferecendo ao mundo sua própria contribuição, a Igreja Católica quer testemunhar uma visão positiva do futuro da humanidade", explicou o Santo Padre.

O Papa assinalou que "hoje, em meio à crise social e econômica mundial é necessário tomar de novo consciência de que teremos que lutar para estabelecer uma paz autêntica em face à construção de um mundo mais justo e próspero. As injustiças, freqüentemente tão patentes, entre as nações ou dentro das mesmas, ao igual que a todos os processos que contribuem a suscitar divisões entre os povos ou a marginá-los, representam atentados à paz e criam graves riscos de conflitos".
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"Não podem ignorar -disse o Papa aos embaixadores- as novas formas de violência que se manifestaram nestes últimos anos e que se apóiam, por desgraça, no Nome de Deus para justificar atos perigosos. Essa conduta levou às vezes a considerar as religiões como uma ameaça para as sociedades. Isso as ataca e as desacredita, sustentando que não são fatores de paz. Os responsáveis religiosos têm o dever de acompanhar aos crentes e de iluminá-los para que progridam em santidade e interpretem as palavras divinas à luz da verdade".
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Fonte - ACI Digital

Solidariedade para que crise não se converta em catástrofe, exige Papa
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Por isso, como “uma das vias mestras para construir a paz”, apresentou “uma globalização que tenda aos interesses da grande família humana”, através de “uma forte solidariedade global, tanto entre países ricos e países pobres, como dentro de cada país, ainda que seja rico”.
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“Isso requer – concluiu – que os países desenvolvidos reencontrem o sentido da medida e da sobriedade na economia e em seus estilos de vida.”

Fonte - Zenit

Nota DDP: Ambos os artigos refletem o mesmo evento. As manifestações são interessante na medida em que cruzam os alvos políticos-financeiros, com os religiosos, criando uma simbiose entre ambos.

As advertências aos riscos das divisões e, principalmente o chamado para que os líderes religiosos tratem de manter seus rebanhos "iluminados", não deixam de revelar uma "ameaça" velada, uma vez que o não alinhamento com tais premissas, especialmente com o ambíguo sentido da "verdade", que segundo o pontífice apenas a igreja romana possui, traz em suas conclusões que os que destas divergirem estarão "atentando contra a paz e criando graves riscos de conflitos".

Não poderiam ficar fora do discurso a preservação da família humana e novos estilos de vida, que sugerem sempre implicitamente a aceitação da "menina dos olhos" do Vaticano, o descanso dominical.
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