Diretor da NARLA (sigla da Associação Norte-Americana de Liberdade Religiosa, entidade fundada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia--atualmente interconfessional) faz declaração sobre a recente visita papal aos EUA:
A semana passada foi bastante agitada em Washington. Não só a primavera finalmente chegou em toda a sua glória, mas o primeiro-ministro da Grã-Bretanha estava em visita de Estado na capital da nação. Não que você o soubesse. Na sexta-feira o Washington Post dedicou a sua primeira página ao Papa Bento XVI, com o Primeiro-Ministro britânico relegado à segunda página. Talvez isso seja adequado. Apesar de Joseph Stalin ser lembrado como perguntando sobre o Papa, "Quantas divisões [militares] ele tem?", os sucessores de Stalin descobriram a duras penas que o líder mundial de um bilhão de católicos pode exercer um enorme poder temporal.
Este poder esteve em evidência vezes sem conta durante a breve visita do Papa. O presidente Bush tomou a incomum iniciativa de ir à base aérea para receber o Papa em pessoa. Políticos americanos se empenharam em todas as oportunidades para obter tempo face a face com o Papa. Numa cidade acostumada a visitas de chefes de Estado e sendo onde fica o presidente da nação mais poderosa da história, as medidas tomadas para acomodar o Papa foram excepcionais, com o tráfego transformado em caos.
E não foi apenas o que o Papa fez que chamou a atenção geral, mas também o que ele não fez. Quando a Casa Branca promoveu um jantar oferecido pelo presidente dos Estados Unidos em honra do Papa, o Papa escolheu não comparecer. Talvez não pudesse ter havido forma mais elegante para declarar o prestígio relativo do papado e do presidente dos EUA.
Durante a visita do Papa, o Presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA apresentou um esboço das prioridades da Igreja Católica americana ao longo dos próximos anos, como segue:
A conferência episcopal recentemente identificou o fortalecimento do casamento e da vida familiar como uma das cinco prioridades para a nossa atenção comum nos próximos vários anos. As outras quatro são proteger a vida e a dignidade da pessoa humana em todas as fases da jornada da vida; promover a fé no contexto da prática sacramental e a observância do culto dominical; fomentar vocações ao sacerdócio ordenado e vida consagrada; e beneficiar-se da diversidade cultural da igreja aqui, sobretudo a partir do dom dos católicos hispânicos. (Site sobre a visita aos EUA)
Como o papado tem sido capaz de sobreviver ao assalto do protestantismo, secularismo e relativismo? Por que tantas pessoas são atraídas ao Papa hoje? Talvez haja duas explicações. Num mundo de enorme incerteza, é confortador acreditar num líder infalível que você pode ver na carne e que emite orientações à medida que o mundo passa por mudanças. Em segundo lugar, a Igreja Católica tem-se mantido fiel a suas principais reivindicações de base--recusando-se a fazer compromisso mesmo quanto a seus ensinos mais impopulares. Numa cidade onde as mensagens dos líderes mudam conforme os dados de pesquisas, a coragem de uma instituição em tomar uma posição, não importa as conseqüências, parece quase sobrenatural em de si mesma.
E, no entanto, para os cristãos adventistas do sétimo dia, o reconhecimento de poder, prestígio, e força do papado moderno é temperado por profundas e fundamentais diferenças teológicas. Acreditamos que só Deus é santo, e, assim, rejeitamos o uso de um título atribuindo santidade a qualquer ser humano pecador. Além disso, apontamos a toda a humanidade um Salvador, um Advogado, e um só perdoador--e esse é o nosso Senhor Jesus Cristo. Nenhum ser humano tem o poder de perdoar o pecado ou o direito de postar-se entre um pecador e o seu Deus, e nenhum ser humano pecador pode mudar a lei de Deus, a fim de santificar domingo.
Enquanto olhar apenas para o Cristo invisível em vez de a um ser humano físico possa ser difícil às vezes, ao passo que viver com alguma ambiguidade sobre precisamente como aplicar a Escritura para os desafios atuais possa ser inquietante, e, ao mesmo tempo, a adoração simples e humilde não possa competir com a pompa papal, a beleza da própria Palavra de Deus e a força do Espírito Santo são mais do que suficientes, tanto nesta vida quanto na vida por vir.
Agora é o tempo para cada um de nós nos dedicarmos inteiramente a Deus, perseverantes na força da Sua Palavra e no poder do Seu Espírito,
Que Deus os abençoe,
James Standish
Fonte - Foro Adventista
A semana passada foi bastante agitada em Washington. Não só a primavera finalmente chegou em toda a sua glória, mas o primeiro-ministro da Grã-Bretanha estava em visita de Estado na capital da nação. Não que você o soubesse. Na sexta-feira o Washington Post dedicou a sua primeira página ao Papa Bento XVI, com o Primeiro-Ministro britânico relegado à segunda página. Talvez isso seja adequado. Apesar de Joseph Stalin ser lembrado como perguntando sobre o Papa, "Quantas divisões [militares] ele tem?", os sucessores de Stalin descobriram a duras penas que o líder mundial de um bilhão de católicos pode exercer um enorme poder temporal.
Este poder esteve em evidência vezes sem conta durante a breve visita do Papa. O presidente Bush tomou a incomum iniciativa de ir à base aérea para receber o Papa em pessoa. Políticos americanos se empenharam em todas as oportunidades para obter tempo face a face com o Papa. Numa cidade acostumada a visitas de chefes de Estado e sendo onde fica o presidente da nação mais poderosa da história, as medidas tomadas para acomodar o Papa foram excepcionais, com o tráfego transformado em caos.
E não foi apenas o que o Papa fez que chamou a atenção geral, mas também o que ele não fez. Quando a Casa Branca promoveu um jantar oferecido pelo presidente dos Estados Unidos em honra do Papa, o Papa escolheu não comparecer. Talvez não pudesse ter havido forma mais elegante para declarar o prestígio relativo do papado e do presidente dos EUA.
Durante a visita do Papa, o Presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA apresentou um esboço das prioridades da Igreja Católica americana ao longo dos próximos anos, como segue:
A conferência episcopal recentemente identificou o fortalecimento do casamento e da vida familiar como uma das cinco prioridades para a nossa atenção comum nos próximos vários anos. As outras quatro são proteger a vida e a dignidade da pessoa humana em todas as fases da jornada da vida; promover a fé no contexto da prática sacramental e a observância do culto dominical; fomentar vocações ao sacerdócio ordenado e vida consagrada; e beneficiar-se da diversidade cultural da igreja aqui, sobretudo a partir do dom dos católicos hispânicos. (Site sobre a visita aos EUA)
Como o papado tem sido capaz de sobreviver ao assalto do protestantismo, secularismo e relativismo? Por que tantas pessoas são atraídas ao Papa hoje? Talvez haja duas explicações. Num mundo de enorme incerteza, é confortador acreditar num líder infalível que você pode ver na carne e que emite orientações à medida que o mundo passa por mudanças. Em segundo lugar, a Igreja Católica tem-se mantido fiel a suas principais reivindicações de base--recusando-se a fazer compromisso mesmo quanto a seus ensinos mais impopulares. Numa cidade onde as mensagens dos líderes mudam conforme os dados de pesquisas, a coragem de uma instituição em tomar uma posição, não importa as conseqüências, parece quase sobrenatural em de si mesma.
E, no entanto, para os cristãos adventistas do sétimo dia, o reconhecimento de poder, prestígio, e força do papado moderno é temperado por profundas e fundamentais diferenças teológicas. Acreditamos que só Deus é santo, e, assim, rejeitamos o uso de um título atribuindo santidade a qualquer ser humano pecador. Além disso, apontamos a toda a humanidade um Salvador, um Advogado, e um só perdoador--e esse é o nosso Senhor Jesus Cristo. Nenhum ser humano tem o poder de perdoar o pecado ou o direito de postar-se entre um pecador e o seu Deus, e nenhum ser humano pecador pode mudar a lei de Deus, a fim de santificar domingo.
Enquanto olhar apenas para o Cristo invisível em vez de a um ser humano físico possa ser difícil às vezes, ao passo que viver com alguma ambiguidade sobre precisamente como aplicar a Escritura para os desafios atuais possa ser inquietante, e, ao mesmo tempo, a adoração simples e humilde não possa competir com a pompa papal, a beleza da própria Palavra de Deus e a força do Espírito Santo são mais do que suficientes, tanto nesta vida quanto na vida por vir.
Agora é o tempo para cada um de nós nos dedicarmos inteiramente a Deus, perseverantes na força da Sua Palavra e no poder do Seu Espírito,
Que Deus os abençoe,
James Standish
Fonte - Foro Adventista