O processo de elevação de JPII ao status divino parece não ter fim. Observe-se as novas declarações de seu ex-secretário:
Depois, com profunda emoção, o purpurado estabeleceu um diálogo com seu pai espiritual, João Paulo II: «Teu serviço à Igreja continua, ainda que de outro modo. Pensamos em teu ensinamento, no exemplo da tua vida, que continua falando às nossas consciências».
...
«Desde a janela da casa do Pai se vê melhor – concluiu, citando uma famosa frase pronunciada pelo cardeal Joseph Ratzinger em seu funeral. Portanto, te pedimos que veles pelos jovens de hoje, por suas aspirações, esperanças, preocupações. João Paulo II, Santo Padre, obrigado por tudo.»
Fonte - Zenit
Estabeleceu um diálogo? Tornou-se onipresente? Intercede também?
Sabe-se que foi inaugurado por BXVI o Congresso Mundial da Misericórdia Divina. O discurso que se segue divaga entre os atributos de Deus e a capacidade de JPII em manifestá-los de uma forma que mais uma vez nos remete às questões levantadas em "O terceiro aniversário da morte do Papa JPII". Fica no ar a utilização do Papa falecido como um trunfo, um sinal:
Ele "refletiu, à luz destas mensagens, durante toda a vida, no imensurável mistério da Divina Misericórdia. Este mistério plasmou sua obra como sacerdote, bispo e Papa; e tocou, através de sua pessoa, um número infinito de homens no mundo inteiro. Era realmente um testemunho único da misericórdia", disse o Cardeal.
Deste modo evidenciou como "o caminho terreno" de João Paulo II terminou no "Domingo da Misericórdia, festa que ele mesmo tinha introduzido no jubileu de 2000" canonizando a Irmã María Faustina Kowalska.
"É difícil, quase impossível, não apreciar nesta coincidência um 'sinal do Céu'. Não pôs Deus mesmo sua assinatura sob todo um programa de vida, que o Papa João Paulo II há repetidamente caracterizado, de modo inteiramente explícito, como sua missão?", destacou.
Fonte - ACI
Não se pode compreender João Paulo II sem compreender o que significa a Divina Misericórdia, coincidiram dois cardeais na tarde desta quarta-feira, 3º aniversário de seu falecimento.
...
A Misericórdia, explicou no congresso celebrado na Basílica de São João de Latrão o cardeal Ruini, «não é um amor qualquer, mas gratuito, generoso», manifestado «no Filho encarnado, morto e ressuscitado por nós e pela nossa salvação».
Fonte - Zenit
Ora a misericórdia Divina é incompreensível. Esta questão faz-me lembrar do diálogo de Cristo com o jovem rico, ao chamá-lo de "bom Mestre": Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. (Mt 19:17)
Querer compreender a misericórdia Divina por si só já é uma tarefa impossível, querer transferí-la para o âmbito da vida do Papa falecido é algo ainda mais complicado. O que fica deste emaranhado de idéias continua sendo a impressão de que se quer alçar JPII a um patamar que não lhe pertence. Neste ponto entendo relevante algumas conclusões levadas a efeito no estudo que postei aqui sobre a Revelação da Marca da Besta:
• Um ser oculto que se declararia igual a Elohim
• A crença nele se alastrará por toda a terra
• Diz ser semelhante a YHWH
• Promete ser fonte de água viva (imitando ao Mashiach)
• É o centro da adoração de seus seguidores
• O centro de adoração (e principal templo) de seu reino está em Bavel (Roma)