quinta-feira, 17 de abril de 2008

Afirmações papais em missal para mais de 46.000 pessoas


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Falando para mais de 300 bispos, Bento exortou sem rodeios os líderes da Igreja a intensificarem os seus esforços para reavivar a fé dos 65 milhões de católicos da nação.

"É coerente professar nossas crenças na igreja aos domingos e, em seguida, durante a semana promover práticas empresariais ou procedimentos médicos contrárias a essas crenças?" Ele perguntou. "É coerente para católicos praticantes ignorar ou explorar os pobres e marginalizados, promover comportamento sexual contrário à moral dos ensinos católicos, ou adotar posições que contradizem o direito à vida de todo o ser humano desde a concepção até à morte natural?" (US Today)
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O Papa também fez um convite à unidade e ao testemunho: “A unidade é celebrada nos sacramentos e dá impulso à missionariedade: "Rezo para que o aniversário da vida da Igreja nos EUA e a presença de Pedro no país seja para que os católicos reafirmem a fé apostólica e ofereçam aos povos contemporâneos convencimento. O mundo precisa deste testemunho”. (Canção Nova)
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Bento XVI falou da importância de todos os católicos apresentarem um “testemunho convincente da esperança” num mundo que “precisa deste testemunho”, que anseia “por uma liberdade genuína” e pela realização das suas “aspirações” mais profundas.

O Papa pediu que os fiéis confiem no “excelente trabalho” desenvolvido pelos sacerdotes, rezando para que a Igreja siga um caminho de “conversão, perdão e crescimento na santidade”.

Depois de sublinhar a capacidade da Igreja em integrar a diversidade de grupos migrantes na “unidade da fé católica”, Bento XVI indicou que “o momento presente é uma encruzilhada, não só para a Igreja, mas para a sociedade, é um tempo de grandes esperanças”, com uma crescente interdependência mas com “sinais de alienação e polarização”, mesmo dentro da Igreja, “violência crescente”, enfraquecimento do “sentido moral” e o “constante crescimento do esquecimento de Cristo e de Deus”.

Nesse sentido, convidou os presentes a “superar todas as divisões, trabalhando para preparar o caminho para Cristo”.

Bento XVI vê “sinais promissores” dentro da Igreja, nas paróquias, nos movimentos, nos jovens e no “número de pessoas que todos os anos abraçam a fé católica”. [...] (Ecclesia)

Nota DDP:
BXVI já falou outras vezes sobre testemunho comum, em um sentido mais amplo, é verdade, pois se relacionava também com os demais grupos cristãos, mas é interessante perceber a relação feita com esta condição e o "enfraquecimento moral" e o "caminho a Cristo". É interessante inclusive pensar nesta condição da superação das divisões para que Cristo volte, segundo o que se pode inferir desta última afirmação.

Agora, para os menos avisados e, mais céticos, BXVI tocou pela primeira vez, explicitamente, no assunto domingo e, colocou sua observação como exercício religioso em par de igualdade com práticas médicas, empresariais e até mesmo sexuais contrárias à moral católica, bem como com a rejeição e exploração dos pobres e, até mesmo nos posicionamentos que contradizem o direito à vida. Neste contexto, quem acompanha ao menos um pouco os argumentos vindo de Roma, perceberá com facilidade que quando o papa fala de princípios morais, como está fazendo desde que pisou o solo americano, induz à conclusão que o domingo vem no "pacote".
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