quarta-feira, 2 de abril de 2008

Bento XVI traz «revolução da virtude» aos Estados Unidos

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 1º de abril de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI trará, com sua próxima visita aos Estados Unidos, uma «revolução da virtude», explicou Carl Anderson, cavaleiro supremo dos Cavaleiros de Colombo, ao apresentar seu novo livro no Vaticano.

«Uma civilização do amor» (A Civilization of Love, HarperOne, 203 páginas) mostra «o que todo católico pode fazer para transformar o mundo», à luz do pensamento de João Paulo II e seu sucessor na sede de Pedro.

«Estamos falando de uma ‘revolução da virtude’, mas das virtudes teologais: fé, esperança, e caridade», explicou em declarações à Zenit.

«E esta é a mensagem que Bento XVI deixou com suas duas encíclicas, ‘Deus caritas est’, que é amor, e ‘Spe salvi’, que é esperança.»

Anderson, consultor de vários conselhos vaticanos, filósofo, está convencido de que esta é a mensagem que os americanos estão esperando, como demonstrou este ano eleitoral «de maneira impressionante», que sublinhou «a questão da mudança e a questão da esperança, e o cristianismo é a religião da mudança e a religião da esperança».

«O efeito de 11 de setembro é ainda muito forte nos Estados Unidos, e uma das coisas que sugiro no livro é descobrir que pessoas somos, que pessoas queremos ser».

A resposta a estas questões, segundo Anderson, está precisamente na «civilização do amor».

«Nesta civilização, cada pessoa é um filho de Deus e todos têm um valor intrínseco. A batalha de hoje é entre a cultura da morte (na qual as pessoas são julgadas por seu valor social ou econômico) e a cultura da vida», explica no livro.

Anderson deixa de lado as diferenças religiosas para apresentar a mensagem de esperança a quem está preocupado pela crise de valores da sociedade moderna.

«Abraçando a cultura da vida e estando ao lado dos marginalizados e dos considerados como ‘inúteis’ ou como um ‘peso’ para a sociedade, os cristãos podem mudar a direção de nossa cultura», assegura em seu livro.

O próprio Anderson assegurou que seu livro busca superar o «choque de civilizações», pois a civilização do amor não é algo exclusivo dos cristãos, e apresentar «o ‘mapa’ para ajudar os cristãos a compreenderem seu papel no mundo».

Promover esta civilização do amor, declara Anderson, implica apoiar com decisão a vida e a família.

Na apresentação do livro, participaram o cardeal James Stafford, penitenciário-mor da Igreja, Livio Melina, presidente do Instituto Pontifício João Paulo II para os Estudos do Matrimônio e da Família em Roma, e Jean Laffitte, vice-presidente da Academia Pontifícia para a Vida.

Com seus quase dois milhões de membros, os Cavaleiros de Colombo são uma das maiores organizações católicas do mundo. Foi fundada em 1882 pelo venerável servo de Deus Michael McGivney, em New Haven, Connecticut.

Fonte - Zenit

Nota DDP:
Em um país de raízes cristãs naufragado em uma crise moral sem precedentes, o discurso do escritor vem bem a calhar com os pontos que o Vaticano tem defendido e propício à visita do Papa BXVI neste mês. O alinhamento Vaticano/EUA parece cada vez mais viável.
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