quarta-feira, 9 de abril de 2008

Bento XVI lembra raízes cristãs da Europa


Bento XVI lembrou hoje o papel do Cristianismo na construção europeia, com destaque para o impacto do monaquismo medieval na cultura e na vida espiritual europeias.

O Papa falava aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral desta semana, dedicada a Bento de Núrsia, o Santo que inspirou a sua escolha de nome para o pontificado.

Referindo-se ao fundador do monaquismo ocidental e pai da família religiosa beneditina, Bento XVI frisou que, desde o início, os mosteiros fundados pelo Santo procuraram ter “uma finalidade pública na vida da Igreja e da sociedade”.

Para o Papa, São Bento “exerceu uma influência fundamental no desenvolvimento da civilização e da cultura europeias”.

Este Santo nasceu em Núrsia (Úmbria, Itália) cerca do ano 480. Estudou em Roma e começou a praticar vida eremítica em Subiaco, onde reuniu um grupo de discípulos, e passou mais tarde para Montecassino. Aí fundou um célebre mosteiro e escreveu a regra, cuja difusão lhe valeu o título de pai do monaquismo ocidental. Morreu no dia 21 de Março de 547.

Em 1964 foi proclamado pelo Papa Paulo VI como patrono da Europa, “reconhecendo o papel do seu ensinamento e dos seus discípulos no desenvolvimento da vida espiritual e cultural” europeias, como frisou Bento XVI.

O actual Papa sublinhou ainda a importância da Regra de vida escrita por São Bento, “que contém indicações úteis não só para os seus monges, mas também para os que procuram orientação no seu caminho para Deus”.

Para Bento XVI, a Europa das duas Guerras Mundiais e da queda das ideologias precisa dos ensinamentos religiosos e morais que emergem das suas raízes cristãs para "encontrar a sua unidade".

“Saída há pouco do século das duas Guerras Mundiais e do esboroar das grandes ideologias – sublinhou – a Europa encontra-se hoje à procura da sua própria identidade. Mas se, para criar uma nova unidade duradoura, são de facto importantes instrumentos políticos, económicos, jurídicos, ocorre também suscitar um renovamento ético e espiritual que inclua as raízes cristãs, caso contrário não se pode reconstruir a Europa”.
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Fonte - Ecclesia
Nota DDP:
Dois elementos a serem considerados: Primeiro a intenção implícita e ora explícita em seu papel como "novo Bento" (exercer uma influência fundamental no desenvolvimento da civilização e da cultura europeias, bem como ser reconhecido como "patrono da Europa), em segundo lugar a busca também no campo político da unidade, o que demonstra o alinhamento com um governo mundial.
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