quinta-feira, 3 de abril de 2008

O terceiro aniversário da morte do Papa JPII


As realidades que envolvem o pós morte do Papa JPII se revelam, no mínimo, interessantes.

Começa pelo fato de, "atendendo" aos apelos do "santo subito" entoado pelos fiéis à época de sua morte, a ICAR ter passado por cima de seus próprios procedimentos e, revertendo a tendência de esperar-se cinco anos da morte para iniciar-se o processo de beatificação, já encontrar-se no final do terceiro ano do ocorrido com o processo em vias de finalização.

No segundo ano de aniversário de sua morte, tivemos a "Foto mostra silhueta de João Paulo II em fogueira", onde segundo se noticiou à época, fiéis que faziam um vigília em memória do Papa falecido, próximo à sua cidade natal, viram sua silhueta em uma fogueira em posição de benção, o que motivou a afirmativa por parte do Cardeal Stanislaw Dziwisz, que o Papa "fez muitas peregrinações durante a vida e também as está realizando durante a morte". Um flerte absolutamente aberto com o espiritismo.

Aproximando-se a data do terceiro aniversário, o mais movimentado até agora, apareceu-se com a notícia, aparentemente desconexa, "Desmentido projeto de trasladar túmulo de João Paulo II". Uma negativa estranha, porque em realidade ao final acaba dizendo que não se tratará do assunto antes da beatificação de JPII, o que nos induz a concluir que, após a beatificação, o traslado seja uma idéia já semeada. Quais as surpresas que reservam esta empreitada?

Na data do aniversário manifestações absolutamente estranhas do Papa BXVI sobre o seu antecessor.

Primeiramente promoveu um exercício retórico acerca da magnitude do evento que catalizou ao máximo seu falecimento, "a Basílica do Vaticano e esta Praça foram, verdadeiramente, o coração do mundo", o fez também em relação a virtude e aceitação do mesmo em âmbito global, "supremo testemunho da estima e do afecto que ele [JPII] conquistara no espírito de tantos crentes e de pessoas de todas as partes da terra".

Não satisfeito, saiu-se com duas afirmativas, no mínimo, interpretativas, para não dizer dúbias:

- “Entre as muitas qualidades humanas e sobrenaturais, (João Paulo II) tinha, de facto, também uma excepcional sensibilidade espiritual e mística. "
- “o seu pontificado, no seu conjunto e em muitos momentos específicos, surge-nos de facto como um sinal e um testemunho da Ressurreição de Cristo

Este espaço se reservou o direito de não especular sobre estas afirmativas, mas analisando o contexto em que o Papa BXVI abordou tais questões, como tratado pelo Minuto Profético, tudo ficou muito claro:

- "Para ele, a Santa Missa era o centro do seu dia e de toda a sua existência". A realidade "viva e santa" da Eucaristia lhe dava a energia espiritual para guiar o Povo de Deus no caminho da santidade.
- "JPII faleceu na vigília do II Domingo da Páscoa, na conclusão do 'dia que o Senhor fez'. Sua agonia se deu naquele dia, naquele espaço de tempo novo, no oitavo dia, desejado pela Santíssima Trindade, mediante a obra do Verbo Encarnado, morto e ressuscitado."

Permito-me transcrever as conclusões do Pr. Santeli, extremamente apropriadas para esta questão, "Bento XVI claramente fez a ligação entre o papado de JPII, a ressurreição de Cristo e o descanso dominical."

Mas isso tudo não acaba aqui. Sim, porque as invocações de termos como "sobrenaturais" e "místicos" invocados pelo Papa em sua homilia, deitando o pontificado de JPII ao lado da ressurreição de Cristo não nos parece uma afirmação sem qualquer anelo subjacente. Mais uma vez abro espaço para as palavras do Pr. Santeli: "Não ficaria surpreso caso JPII venha "aparecer" na crise final afirmando perigosas heresias como, por exemplo, a mudança do sábado para o domingo."

Tendo o cuidado necessário para não tornar essa eventual possibilidade maior do que ela realmente possa ser, mais uma vez reitero que todos estes fatos me trazem à cabeça aquela tão controversa "Teoria dos Sete Reis", há pouco tratada neste espaço em Vaticano diz que "não se perderá tempo" para beatificar João Paulo II e também naquele post da "silhueta na fogueira".

Para finalizar, o mesmo Cardeal Stanislaw Dziwisz, por ocasião de mais uma vigília realizado na mesma hora da morte do Papa polaco, saiu-se mais uma vez com declarações singulares: “Depois de três anos, tu ainda não nos deixaste”.
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Enfim, aparentemente, só falta um sinal, e ele parece estar a caminho.

E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. Apocalipse 13:3
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"Satanás é um astuto inimigo. E não é difícil para os anjos maus representar tanto os santos como os pecadores que morreram, e tornar essas representações visíveis aos olhos humanos. Essas manifestações serão mais freqüentes e aparecerão desenvolvimentos de caráter mais sensacional à medida que nos aproximarmos do fim do tempo. Review and Herald, 1º de abril de 1875. (Evangelismo - Ellen G. White - Pág. 604)
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