quarta-feira, 2 de abril de 2008

Mais uma vez a economia e a profecia

Como afirmei há alguns dias atrás, um amigo deste blog indagou-me sobre a questão da crise econômica americana e o cumprimento profético acerca da mudança da consituição daquele país, como pode ser lido no comentário do post "A crise imobiliária americana e os eventos finais".

Ocorre que, por "coincidência", recebi um estudo sobre a crise econômica mundial, onde o articulista entre inúmeras assertivas que faz (o estudo é longo e não caberia na agilidade deste espaço, mas me proponho a enviá-lo a quem se interessar), analisa a crise econômica francesa como decorrência da perseguição religiosa, com base em uma afirmação do Espírito de Profecia:

“A política de Roma produzira aquelas condições sociais, políticas e religiosas, que estavam precipitando a França na ruína. ... O papado envenenara a mente dos reis contra a Reforma, como inimiga da coroa, ...” (O Grande Conflito, pág. 276)

Com base neste paralelo, chega a algumas conclusões interessantes ao quadro atual americano:

1°) Esvaziamento dos cofres públicos causado pelo envolvimento da França em guerras;
2°) Balança comercial negativa causada por altos impostos e privilégios a determinada classe - os “Priveligiados”, que estava isenta;
3°) Quebra de várias empresas causada pelo acordo comercial com a Inglaterra, fazendo com que as mesmas não pudessem competir com o preço da concorrência;
4°) Agricultura: baixa produção de alimentos causada por técnicas atrasadas, secas ou inundações, resultando em grave fome e elevação do preço dos alimentos;
5°) A perseguição religiosa aos protestantes, séculos antes, causou a morte ou a fuga de homens de talento, fazendo com que a França mergulhasse no declínio econômico.


Óbvio que estas realidades ainda não se consumaram nos EUA. Mas porque eu trouxe estas considerações? Por conta de outras duas afirmativas do Espírito de Profecia, uma já analisada aqui em "Confiança de executivos nos EUA em queda livre" e, outra que retirei do estudo em foco, extremamente importante:

"O povo dos Estados Unidos tem sido um povo privilegiado; mas quando eles restringirem a liberdade religiosa, abandonarem o protestantismo e derem apoio ao papado, encher-se-á a medida de sua culpa, e será registrado nos livros do Céu: 'apostasia nacional'. O resultado dessa apostasia será a ruína nacional" (Review and Herald, 2 de maio de 1893).

Portanto, assim como um dia a França restringiu a liberdade religiosa do povo se inclinando à pressão do braço eclesiástico, os EUA haverão de fazer o mesmo e, o resultado desta ação, como já ocorreu no passado e que se repetirá no futuro, virá a ruína nacional americana. Penso que este encerramento é em decorrência de uma crise que já poderia estar em pleno desenvolvimento (seria esta?) e, inclusive, que os joelhos dobrados da águia americana em muito teriam contribuição desta condição de fragilização econômica. Repito, é o que eu penso.

Por outro lado, a segunda citação parece-me ainda mais reveladora:

“Sob a liderança de Satanás, há homens hoje em dia que estão fazendo tudo o que podem para mergulhar o mundo num conflito comercial. Assim, Satanás está procurando suscitar um estado de coisas que fará com que o mundo se torne incivilizado. Ele deseja ver a realização de coisas estranhas que Deus, O qual é demasiado sábio para errar, não ordenou.” (Este Dia Com Deus, pág. 307)

Alguém poderia dizer que esta visão de Ellen G. White em tese se referiria aos seus próprios dias. Mas não é o caso, o parágrafo imediatamente anterior, define o tempo destas "coisas estranhas":

"No futuro ocorrerão coisas estranhas. Digo isso para não se surpreendam quando acontecer." (Idem)

Certamente a Sra. White não tinha a mínima idéia do que viria a ser um conceito hoje estabelecido como "globalização". Uma crise econômica em escala mundial certamente tem lugar como sinal do tempo em que vivemos.
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